Seguindo a bem sucedida experiência dos movimentos que inundaram o país com protestos nas últimas semanas, os médicos também estão usando as redes sociais para cadastrar integrantes para greve geral da categoria programada para esta quarta-feira (3).

A página do facebook está assinada pelas principais entidades da classe. AMB, CFM, FENAM e CNRM conclamam a participação de profissionais de todo o pais.

" Comunicamos que, na próxima quarta-feira (3), os médicos brasileiros paralisarão os seus atendimentos eletivos, mantendo os serviços de urgências. Neste mesmo dia, os médicos irão às ruas a partir das 17 horas, em locai divulgados pelas entidades regionais." A nota, abre a página do Facebook, ilustrada com fotos das reuniões de lideranças, cartazes, além de fotos dos movimentos realizados na última semana.

Panelaço marca manifestação em São Paulo

Médicos, residentes~e estudantes de medicina farão um panelaço simbolizando a necessidade das autoridades do pais " abrirem os ouvidos ao clamor dos brasileiros."

O greve do médicos na capital do maior estado do país, acontece na Avenida Paulista. A principal bandeira é o protesto contra a importação de profissionais de medicina sem capacidade comprovada.

Como solução para o problema da falta de profissionais de saúde em áreas remotas e nas periferias, as lideranças médicas~propõem a~criação de uma~carreira médica nos serviços públicos federal, estadual e municipal, semelhante à de juízes e promotores. Certamente uma~garantia da interiorização de médicos brasileiros para as áreas carentes de acesso à assistência.

O problema do atendimento integral, contudo, não depende somente da melhor distribuição geográfica de médicos. As entidades afirmam que o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta sérias dificuldades por falta de recursos e má administração.

"É sempre bom lembrar que, além de médicos, uma assistência adequada aos moradores de áreas remotas só se dará quando a infraestrutura for completa, ou seja, com hospitais, postos de saúde, profissionais de outras áreas, como nutricionistas, cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros; acesso a medicamentos, etc," afirmam os representantes dos médicos.