.
 
 
Médicos e estudantes realizam manifestação histórica com apoio da população
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


05/07/2013

Médicos e estudantes realizam manifestação histórica com apoio da população

A participação expressiva de profissinais, estudantes e da população só confirma o descaso que sofre a saúde pública

Milhares de médicos, residentes e estudantes de medicina foram as ruas hoje, em todo Brasil para protestar contra as propostas do governo de importar médicos sem a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) e testes de proficiência na língua portuguesa para os estrangeiros. Os manifestantes pediam, ainda, a aprovação do Ato Médico, melhores condições de trabalho no SUS, com mais investimentos em infraestrutura, e criação de carreira de estado com melhores salários para o médico.

No início da noite, algumas regionais já começaram a divulgar os números do movimento.

São Paulo

Na maior cidade do país, a concentração aconteceu a partir das 16 horas, na sede paulista da Associação Médica Brasileira (AMB). Em passeata, mais de 10 mil manifestantes, segundo cálculos AMB, caminharam até à avenida Paulista.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo, "a manifestação mostra o inconformismo e o protesto quanto à proposta irresponsável e inconsequente do governo federal em trazer médicos graduados no exterior para atuar no Brasil sem revalidação de diplomas."

Para o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão: " existem médicos suficientes para dar atendimento à população, o que falta é uma política de saúde que possa efetivamente fixar os médicos nessas regiões mais remotas ou nas periferias dos grandes centros urbanos" .

Com 25 anos de profissão, a representante do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Marta Sevillano, disse nunca ter visto mobilização parecida desde que entrou na medicina. A representante do lembrou também que um dos argumentos do ministro da saúde Alexandre Padilha usa com frequência para justificar a proposta de importação é a quantidade de médicos estrangeiros em países como Estados Unidos e a Inglaterra. " Com certeza esses países têm muitos profissionais que vieram do exterior, mas eles passaram por uma prova, foram rigorosamente certificados e podem realmente atender. Mas também não adianta colocar um monte de gente segurando na mão das pessoas só pra dizer que é medico" , acrescentou.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro o movimento reuniu cerca de 3 mil pessoas. O grupo se concentrou na Cinelândia seguindo em passeata até o Ministério da Saúde e, em seguida, até às escadarias da Assembleia Legislativa

Com cartazes e faixas, os manifestantes cantaram o Hino Nacional e declararam palavras de ordem, como " Ei, Padilha, vem se tratar no SUS" , " Chega de privatização" , " Ebserh, não!" e " Mais vagas para a residência médica" . O movimento também criticou a privatização da saúde, por meio da Saúde Brasil - braço da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) - para gerir os hospitais e institutos federais.

" Nossa manifestação está sendo um sucesso, porque houve adesão do colegas e da população em geral. Dizem que os médicos não querem ir para o interior, mas, na verdade, ao chegar lá, os colegas ficam reféns dos prefeitos, recebendo salários que oscilam frequentemente e com condições precárias para trabalhar em função da falta de infraestrutura. Por isso, defendemos a carreira de Estado e um maior investimento para a saúde" , declarou a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.

O movimento também denunciou a situação crítica da residência médica, ainda sem previsão de concurso para o próximo ano. " Se não tiver concurso público e preceptoria, a residência médica do Rio de Janeiro vai parar" , afirmou a presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Beatriz da Costa.

Curitiba

Cerca de dois mil médicos, residentes e estudantes de medicina participaram do protesto na cidade de Curitiba. A manifestação começou às 9h30 na Boca Maldita, sendo encerrada na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio da UFPR.

" A participação expressiva da classe médica, estudantes de Medicina e ainda da população na manifestação de hoje só confirma o descaso que sofre a saúde pública no país, e não só do ponto de vista do médico. O paciente também quer lutar pelos seus direitos, não podemos ter relatos de pessoas viajando quilômetros de distância até Curitiba para fazer um simples raio-x ou para uma consulta por falta de profissionais e estrutura no interior" , afirma o presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley.


Autor: Redação com informações dos Conselhos Regionais de Medicina
Fonte: Isaúde.net
Autor da Foto: Tânia Rêgo - ABr

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581