Mark Post, professor de Fisiologia Vascular e Engenharia de Tecidos da em Maastricht

University, apresenta, na últimasegunda-feira (5), o primeiro hamburguer de carne comestível criada em laboratório.

Durante o evento, que será transmitido ao vivo a partir das 14 horas, o pesquisador vai cozinhar e servir um hambúrguer feito com a nova carne para imprensa e convidados.

Para produção da "carne in vitro" é necessário extrair células estaminais musculares de animais, geralmente vacas, porcos ou galinhas. Este projeto utiliza células-tronco obtidas a partir de pequenos pedaços frescoúsculo de vaca, por exemplo, obtido através de biópsia.

Estas células devem ser multiplicadas, o que requer um meio de crescimento. Os pesquisadores da Universidade de Amsterdam trabalharam com meios sintéticos ou de fontes de nutrientes simples e eficiente, tais como extratos de algas.

Uma vez isoladas, as células estaminais são transformadas em células musculares. Para isso, eles são afixadas a uma armação de açúcar polimérico solúvel. Desta forma, as células musculares aumentam de tamanho, A Criação de fatias maiores de carne exige a criação de um polímero solúvel (cadeia de açúcar).

Para fazer com que o tecido tenha sabor e textura corretos, deve ser recriada a consistência natural de carne (em termos de proteína composição, tecido gordo, etc.) Se isso não produzir o resultado desejado, métodos de tecnologia alimentar são usados ??para melhorar o sabor e textura.

Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando no reforço da produção utilizando técnicas existentes.

Dois novos projetos serão lançados para cultivar tecidos de gordura e aumentar a expressão de mioglobina de carnes (a proteína de ligação de oxigénio encontradas nos tecidos musculares).

A base da pesquisa

A nova "carne in vitro" foi criada a partir de células tronco de carne bovina, num projeto que teve início em outubro de 2011, mas que usou tecnologia desenvolvida a partir de 2004. Este primeiro estudo, iniciado por W. Van Eelen, era implementado por um consórcio de três universidades. A Universidade de Amsterdam concentrou-se principalmente no desenvolvimento de meios de cultura eficientes, enquanto a Universidade de Utrecht focou no isolamento de células estaminais e a sua proliferação em células musculares.

Na Universidade de Tecnologia de Eindhoven a equipe de pesquiasadores desenvolveu um método para "formar" células musculares através da estimulação elétrica. O estudo foi finalizado em 2009, com os seguintes resultados: os pesquisadores foram capazes de cultivar peças 8x22 mm de carne de 0,5 mmespessura a partir de células estaminais musculares de ratos.