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Uso crônico de cocaína reduz capacidade do corpo para armazenar gordura
 
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15/08/2013

Uso crônico de cocaína reduz capacidade do corpo para armazenar gordura

Descoberta indica que droga causa profundas alterações metabólicas que podem resultar em ganho de peso durante a recuperação

O uso crônico de cocaína reduz a capacidade do corpo para armazenar gordura. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Os resultados indicam que o uso de cocaína pode causar profundas alterações metabólicas que podem resultar em ganho de peso dramático durante a recuperação, um fenômeno aflitivo que pode levar a uma recaída.

Anteriormente os pesquisadores acreditavam que a cocaína suprime o apetite e que o ganho de peso durante a reabilitação era resultado da substituição da droga pelos alimentos.

"Nossos resultados desafiam as suposições amplamente difundida de que o uso de cocaína leva à perda de peso através da supressão do apetite. Em vez disso, eles sugerem uma profunda alteração metabólica que precisa ser levada em consideração durante o tratamento. Notável ganho de peso após a abstinência da cocaína não é apenas uma fonte de grande sofrimento pessoal, mas também tem profundas implicações para a saúde e recuperação. Intervenção em um estágio suficientemente precoce pode prevenir o ganho de peso durante a recuperação, reduzindo, assim, o sofrimento pessoal e melhorando as chances de recuperação", afirma a pesquisadora Karen Ersche.

A equipe analisou mais de 60 homens para avaliar a composição corporal, dietas e comportamentos alimentares. Metade dos homens da amostra tinha uma dependência em cocaína, enquanto a outra metade não tinha histórico pessoal ou familiar de abuso de drogas. Eles também mediram a leptina dos voluntários, hormônio que desempenha um papel importante na regulação do apetite e no consumo de energia.

Os pesquisadores descobriram que os usuários de cocaína manifestaram preferência por alimentos gordurosos e carboidratos e também padrões de alimentação descontrolada. No entanto, apesar das dietas gordurosas dos usuários de cocaína, eles muitas vezes experimentaram a perda de peso, e sua gordura corporal foi significativamente reduzida em comparação com o grupo controle.

Os níveis do hormônio leptina eram baixos também em usuários de cocaína e foram associados com a duração do uso de estimulantes pelo usuário. Uma diminuição na leptina, juntamente com uma dieta de gordura elevada, sugere um balanço de energia deficiente, o que normalmente leva ao ganho de peso, em vez de perda de peso.

Os resultados sugerem que o consumo excessivo de alimentos por usuários regulares de cocaína antecede o processo de recuperação, e que este efeito está sendo disfarçado pela falta de ganho de peso. Como resultado, quando os usuários de cocaína iniciam a recuperação e interrompem o uso de cocaína, mas continuam consumindo suas dietas ricas em gordura - agora sem os efeitos da cocaína em seu metabolismo - eles ganham peso.

"Nós fomos surpreendidos com a pouca gordura corporal dos usuários de cocaína mesmo com consumo declarado de alimentos gordurosos. Parece que o abuso regular de cocaína interfere diretamente com os processos metabólicos e, assim, reduz a gordura corporal. Este desequilíbrio entre a ingestão de gordura e o armazenamento de gordura também pode explicar por que essas pessoas ganham muito peso quando param de usar cocaína", explica Ersche.

Os pesquisadores planejam, agora, investigar mais de perto os fatores subjacentes que contribuem para o ganho de peso acentuado em indivíduos dependentes de cocaína abstinentes a fim de desenvolver intervenções para apoiar uma melhor recuperação dos usuários de drogas. 


Autor: Redação
Fonte: Isaúde.net
Autor da Foto: Monkey Business - Foto Stock

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