Equipe de pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, descobriu que a pobreza consome energia mental e pode prejudicar a função cognitiva.

Os resultados sugerem que as pessoas que vivem com poucos recursos são mais propensas a tomar decisões erradas que perpetuam seus problemas financeiros.

A pesquisa, publicada na revista Science, sugere que nossas habilidades cognitivas podem ser diminuídas pelo esforço exaustivo de tarefas como economizar para pagar as contas.

"Estamos argumentando que ser pobre pode prejudicar o funcionamento cognitivo", afirma o principal autor Jiaying Zhao.

Em uma série de experimentos, os pesquisadores descobriram que os problemas financeiros urgentes tiveram um impacto negativo imediato sobre a capacidade dos indivíduos de baixa renda em realizar testes cognitivos e de lógica.

Em média, uma pessoa preocupada com problemas financeiros apresentou uma queda na função cognitiva semelhante a 13 pontos no QI, ou a perda de uma noite inteira de sono.

Em outra série de experimentos, os pesquisadores descobriram que os agricultores mostram o desempenho cognitivo reduzido antes de serem pagos por sua colheita, em comparação com depois, quando recebiam o dinheiro.

Segundo os pesquisadores, estas diferenças no funcionamento cognitivo não podem ser explicadas por diferenças na alimentação, esforço físico, disponibilidade de tempo ou estresse.

"Quando as pessoas que vivem na pobreza, cometem erros e os resultados de erros são mais caros. Então, se você é pobre, você está mais propenso a erros e erros que custam mais caro", afirma Zhao.