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Fatores de risco para a gripe suína
 
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27/07/2009

Fatores de risco para a gripe suína

Brasil e outros países estudam mudar lista. Confira!

A lista de fatores de risco para a gripe suína está sob revisão. Especialistas de vários países, incluindo do Brasil, analisam o real impacto de características específicas e problemas de saúde preexistentes para o agravamento da doença.

O esforço se explica pelas estatísticas até agora. No País, dos 222 casos de gripe suína com maior gravidade, somente 33,7% apresentam fatores de alerta. A maior parte dos pacientes graves atendidos no Brasil (pelo menos 66,3%) não tinha nenhuma doença pré-existente, não era idoso, gestante ou criança.

"De acordo com os resultados do trabalho, fatores podem ser incluídos, outros descartados", antecipa o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. A primeira análise mais detalhada sobre casos graves e fatores de risco é esperada para quarta-feira.

O diretor conta que a lista que hoje é usada por autoridades sanitárias foi feita com base no histórico de complicações de gripe comum e na experiência colhida nos primeiros casos da influenza A. "É natural que ajustes sejam feitos. Mas isso não significa que a lista atual será invalidada." Uma mudança já foi sentida: obesidade mórbida foi incorporada aos fatores de risco há algumas semanas.

O gerente de vigilância em saúde, prevenção e controle de doenças da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, adverte que a lista de fatores de risco não pode ser considerada como algo definitivo e excludente. E conta que, das mortes registradas no mundo até agora, 30% ocorreram num grupo de adultos jovens sadios.

"Localmente, é preciso alertar profissionais de saúde para que fiquem atentos não só a pacientes de risco. É fundamental que seja avaliada a existência de sinais de agravamento", disse. Barbosa defende que serviços de atendimento, ao fazer a triagem, procurem verificar a presença de sintomas como falta de ar e queda no estado geral.

"Até agora, vimos que o que define se o tratamento de paciente em estado grave será bem sucedido ou não é a rapidez no início da terapia", completa. Barbosa observa que, quanto antes o paciente grave começa a receber o antiviral e pacientes debilitados são internados, maior a chance de uma rápida recuperação.

OBESIDADE

Para Hage, o estudo do grupo de risco tem de ir além de uma simples observação dos números gerais e porcentuais. É preciso levar em consideração qual a dimensão da gravidade dos pacientes. "Algumas doenças podem ter potencial de provocar um agravamento maior do quadro do que outras."

A população com doenças relacionadas à hemoglobulina (um dos fatores de risco para gripe suína) é bem pequena em relação à população em geral, por exemplo. Portanto, o fato de o País ter registrado até agora dois casos graves entre esse grupo (0,9% do total) não basta para reduzir sua importância.

Da mesma forma, é preciso olhar com cuidado a constatação de que obesidade ou sobrepeso são fatores de risco para agravamento. "Nos Estados Unidos, parte dos pacientes que apresentaram sintomas mais graves era obesa. Mas não podemos nos esquecer que um porcentual significativo da população americana tem esse perfil", conta. Em outros países, completa, como Chile, a relação entre obesidade e casos graves não se repetiu. "Tudo está sendo feito com cuidado", completa.

Para a dentista Kathya Jobe, de 37 anos, que na quinta-feira esperava atendimento no Hospital São Paulo, o serviço de saúde não consegue ainda ser ágil quando não se trata do grupo de risco. Com febre alta, tosse e dores no corpo, ela foi dispensada após quase duas horas entre a triagem e a consulta.

Ficou 40 minutos na sala de isolamento, com outros pacientes gripados. "Essa triagem precisa ser melhor realizada. Ficamos quase uma hora dentro daquela sala, com outras pessoas com suspeita da gripe. Havia um rapaz do meu lado em estado lamentável", afirma Walter Jobe, de 39 anos, marido de Kathya. "Quem não estava doente de verdade correu o risco de se contaminar."

 


Autor: Lígia Formenti
Fonte: Estado de São Paulo

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