O mundo conseguiu diminuir em cerca de 50% o número de mortes de menores de cinco anos em comparação a 1990, segundo relatório do Fundo da ONU para a Infância (Unicef)
Estima-se que em 2012, cerca de 6,6 milhões de crianças perderam a vida antes de completar cinco anos em contraste com os mais de 12 milhões de crianças mortas há vinte e dois anos em todo o mundo.
O diretor da Unicef, Anthony Lake, disse que a diminuição da cifra para os atuais cerca de 18 mil óbitos diários. considera a tendência positiva, pelo facto de terem sido salvas milhões de vidas.
Jà a representante da agência da ONU na Namíbia, Micaela Marques de Sousa disse, entretanto, que é urgente dar resposta ao cenário atual. "É certamente uma causa para celebrar por ter acontecido nesses vinte e dois anos. Sabemos que o mundo não teria salvo 90 milhões de crianças e isso é muito. Mas, é caso também para refletir e agir com urgência porque se não fizermos isso, 35 milhões de crianças ainda correm o risco de morrer", referiu.
De acordo com o estudo, as principais causas de morte das crianças do grupo incluem a pneumonia, a prematuridade, a asfixia durante o parto, a diarreia e a malária. Mas a nível global, cerca de 45% das mortes de menores de cinco estão ligadas à subnutrição.
A Nigéria e a República Democrática do Congo são os países africanos que integram o grupo de cinco nações onde ocorre a metade das mortes de menores de cinco anos. Os outros são a China, a Índia e o Paquistão.
Apesar de progressos registados na África Subsaariana, a região ainda detém as taxas mais altas de mortalidade infantil no mundo. O relatório aponta para 98 mortes em cada mil nascidos vivos.
As estimativas indicam que uma criança nascida na região enfrenta mais de 16 vezes o risco de morrer antes do quinto aniversário se comparada às de um país de alta renda.
Além do Unicef, a pesquisa envolveu a Organização Mundial da Saúde, o Banco Mundial e o Departamento das Nações Unidas para os Assuntos Económicos e Sociais.