Um novo software permite que os médicos vejam e manipulem hologramas 3D dos órgãos humanos diretamente em sua mesa.

E o melhor é que a técnica funciona a partir de imagens médicas comuns, obtidas a partir de exames de ultra-som, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Graças ao sistema informatizado, chamado Z-Space, o médico pode utilizar uma tela plana comum para projetar uma cópia 3-D do coração, fígado, intestino, pâncreas, ou de qualquer outro órgão que precise ser diagnosticado.

O holograma é individualizado e pode ser manipulado, por exemplo, para ampliar uma veia ou abri-la. O mais útil, porém, é "mergulhar" no órgão, vendo seu interior em detalhes.

Sergio Aguirre e seus colegas do Instituto Tecnológico de Monterrey (México), criadores da tecnologia, fundaram uma empresa, a Echopixel, para comercializar a tecnologia.

Gerador de hologramas

O gerador de hologramas funciona usando imagens comuns que nada mais são do que "fatias" do corpo humano, obtidas por tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

O programa então combina as diversas imagens, traduzindo as imagens planas em dados volumétricos, colocando as fatias em uma forma tridimensional.

"Com a inovação que nós criamos, os médicos terão a possibilidade de trabalhar com as partes do corpo, e não apenas com imagens.

"Atualmente, o diagnóstico é feito com imagens de ultra-som, tomografia computadorizada ou ressonância magnética do paciente. Entre 500 e 1.000 imagens de um órgão são entregues ao médico, que deve então reconstruir as imagens mentalmente para detectar uma anomalia ou tumor. Este é um processo cognitivo muito intenso, mas pode ser ineficiente. Nosso sistema pega todas essas imagens e as exibe como um órgão inteiro," explicou Sergio Aguirre.