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Primeira vacina contra a malária é criada
 
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29/07/2009

Primeira vacina contra a malária é criada

Os pesquisadores desenvolveram uma versão geneticamente modificada do parasita

Cientistas do Instituto Walter e Eliza Hall criaram uma versão inativada do parasita da malária que será usada como uma vacina contra a doença. A vacina, desenvolvida em colaboração com investigadores dos Estados Unidos, Japão e Canadá, será experimentada em humanos no início do próximo ano.

A malária mata mais de um milhão de pessoas a cada ano – por morte prematura e inaptidão – e destrói o equivalente a pelo menos 35 milhões de vidas humanas saudáveis e produtivas todos os anos.

O Professor Alan Cowman, titular da divisão do Instituto de Infecção e Imunidade, disse que a equipe de pesquisa desenvolveu a vacina retirando dois genes do parasita Plasmodium falciparum – que causa a forma mortal da malária para humanos. Removendo os genes, o parasita da malária é inativado durante sua fase de infecção mais ativa, impedindo de esparramar-se no fluxo sanguíneo, que pode causar doença severa e morte.

O sucesso desses pesquisadores, modificando o parasita geneticamente e prevenindo sua invasão nas células sanguineas vermelhas, foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences USA e divulgado no Eukalert no dia de ontem (28).

O Professor Cowman disse que foram testadas vacinas semelhantes em ratos, oferecendo 100% de proteção contra a infecção pela malária. Segundo o Professor, espera-se que a vacina produzirá resultados semelhantes em humanos. "Embora foram inativados dois genes, o parasita ainda está vivo e é capaz de estimular o sistema imune protetor do corpo para reconhecer e destruir os parasitas mortais transmitidos por mosquitos" disse o Professor Cowman.

Essa abordagem para desenvolvimento da vacina – usando uma forma inativada do organismo que causa a doença em particular –provou-se próspera, erradicando a varíola e controlando doenças como a influenza e o pólio.

Segundo o Professor Cowman, a equipe de pesquisa inclui o Dr Matthew O'Neill e o Dr Alex Maier do instituto, como também os cientistas do Instituto de Pesquisa Biomédica de Seattle, do Instituto de Pesquisa Walter Reed Army e da Universidade de Mariland, que utilizaram tal conhecimento a várias décadas – quando os cientistas provaram que a irradiação do parasitas da malária provê proteção contra a infecção subsequente da malária em modelos de animal e humanos – desenvolvendo a vacina posteriormente.

"Embora as vacinas estão sob desenvolvimento, usando parasitas inteiros da malária inativados por irradiação para proteger contra a infecção, a segurança e efetividade baseiam-se em uma dose de irradiação precisa e os resultados do ensaio foram variáveis" disse o Professor Cowman. "Nós acreditamos que nossa abordagem com o parasita geneticamente atenuado provê uma base segura e um modo de reprodutibilidade para desenvolver uma vacina".

O Professor Cowman disse ainda que seria improvável que os parasitas inativados, usados na vacina, recuperem a sua potência, pois os genes foram apagados do genoma e não podem mais ser utilizados pelo parasita. "Além disso, a abordagem de apagar dois genes essenciais torna extremamente improvável que a vacina com o parasita atenuado possa restabelecer sua capacidade para se multiplicar e conduzir a infecções" comentou o Professor.

A aplicação da vacina em humanas ocorrerá no Instituto de Pesquisa Walter Reed Army, em Mariland, EUA. Estão sendo fabricados os parasitas geneticamente atenuados a serem usados com base na abordagem desenvolvida pelo Instituto Walter e Eliza Hall, que têm a única tentativa mundial capaz de produzir parasitas da malária geneticamente alterados, obedecendo as diretrizes de boas prática industriais exigidas para abordagens clínicas humanas.

A pesquisa é apoiada por uma concessão de cinco anos de US$17 milhões através da Fundação Bill & Melinda Gates.

Referência

EUREKALERT. First genetically-engineered malaria vaccine to enter human trials. Publicado em 28 jul. 2009. Disponível em: http://www.eurekalert.org/pub_releases/2009-07/waeh-fgm072809.php, acesso em 29 de julho de 2009.
 


Autor: Marli Appel - Equipe SIS.Saúde
Fonte: Eukalert

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