Na última sexta-feira, 11 de outubro, foi comemorado o Dia Nacional de Combate à Obesidade, e dados do Ministério da Saúde mostram que mais da metade dos brasileiros está acima do peso ideal.

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012), realizada pelo Ministério, revelou que 51% da população, com mais de 18 anos, está acima do peso. Em 2006, o índice era 43%. Atualmente, 18% das mulheres e 16% dos homens estão obesos.

O mais alarmante é que as principais causas do excesso de peso e obesidade entre os brasileiros não são de ordem genética ou geradas por doenças metabólicas, mas sim o sedentarismo e os padrões alimentares inadequados.

Entretanto, a obesidade pode ser causada, também, por fatores genéticos, metabólicos, psicológicos, comportamentais e ambientais, sendo que o tratamento da doença depende da determinação da causa e, geralmente, é multidisciplinar.

A obesidade já é considerada, em vários países do mundo, um problema de saúde pública, sendo que quase 50% da população mundial com mais de 20 anos de idade está acima do peso. Ela está relacionada a diversos outros problemas de saúde, como alterações na coluna e articulações, doenças cardiovasculares, respiratórias, hipertensão arterial e diabetes.

Dietas, auxiliadas ou não por medicamentos, atividade física, e, em casos mais graves, a cirurgia bariátrica são formas de tratar a obesidade. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCM), em 2003, quando as operações abertas eram as mais realizadas, 16 mil pessoas passaram pelo procedimento. Já em 2010, o número de cirurgias chegou a 60 mil.

O parâmetro mais comum utilizado no diagnóstico da obesidade é o Índice de Massa Corporal (IMC), responsável por nivelar o grau da doença em cada indivíduo. O IMC calculado entre 30 e 34,9 acusa obesidade de grau I; entre 35 e 39,9, obesidade grau II; e acima de 40, obesidade grau III ou mórbida.