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Cão prevê ataques epiléticos de menina na Irlanda
 
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17/10/2013

Cão prevê ataques epiléticos de menina na Irlanda

Não há provas científicas de que cães possam detectar esse mal, mas instituições britânicas já treinam os animais para identificar problemas de saúde em humanos

Uma família irlandesa alega que seu cão de estimação está ajudando a cuidar de sua filha de três anos, chamando a atenção dos pais quando a menina está prestes a ter um ataque epilético.

Segundo a família, Charlie os alerta andando em círculos em torno de Brianna. Ele também gentilmente a encosta contra uma parede para impedi-la de cair durante um ataque.

A epilepsia pode levar a convulsões traumáticas, como um estado de transe profundo, ou convulsões violentas, durante as quais ela corre o risco de cair e bater a cabeça.

Não há provas científicas de que cães possam detectar esse mal, mas instituições britânicas já treinam os animais para identificar problemas de saúde em humanos.

A mãe de Brianna, Arabella Scanlan, disse que Charlie não é treinado como um "cão de alerta para um ataque epilético" - é um animal de estimação comum, que ela crê ter desenvolvido instintivamente uma habilidade especial.

Padrão de comportamento

A família notou a habilidade de Charlie anos atrás, quando o enorme dogue alemão começou a ficar agitado e andar em círculos em torno Brianna, e minutos depois ela teve um ataque epilético.

A mãe disse que começou a perceber um padrão de comportamento, percebendo que a agitação do cachorro comumente aumentava antes de um ataque.

"Eu fui para o quintal um dia e ela (Brianna) estava tendo uma convulsão. Estava encostada na parede, inclinada sobre (o cachorro), que olhava para mim como se dissesse: 'Eu não sei o que fazer'. Mas ele ficou ao lado dela, não se moveu", lembra Scanlan.

Ela conta que, desde então, o cão raramente sai do lado de Brianna e a encosta contra alguma superfície se sente que ela está prestes a convulsionar.
"Realmente não entendo a psicologia por trás disso, mas as pessoas ficam hipnotizadas quando o veem em ação. Realmente emociona vê-los juntos", acrescentou.

Estudos científicos

Estudos científicos têm demonstrado que alguns cães podem ser treinados para "farejar" cânceres e detectar baixos níveis de açúcar no sangue em pacientes diabéticos, mas até o momento não há nenhuma prova científica conclusiva de que os caninos tenham capacidade de prever ataques epiléticos em humanos.

Ao mesmo tempo, instituições de caridade na Grã-Bretanha treinam cães para ajudar pessoas com diversos problemas de saúde.
A instituição Support Dogs treina "cães que alertam sobre convulsões" e alega que um animal treinado pode "dar entre 10 e 55 minutos de aviso prévio sobre um iminente ataque".

A executiva-chefe da Medical Dection Dogs, Claire Guest, tem experiência pessoal sobre a capacidade dos animais em detectar doenças graves.
Ela disse que estava ensinando cães a reconhecer tipos de câncer quando um deles "começou a chamar sua atenção". Posteriormente, ela descobriu que tinha um câncer de mama em estágio inicial.

Guest lembra, porém, que ainda não está claro como alguns cães poderiam prever ataques epiléticos. Ela acha que a habilidade poderia ser desencadeada pelo cheiro, mas os cães podem também estar respondendo a sinais visuais.

'Capacidade inata'

Vale destacar que nem todos os cães compartilham da habilidade de detectar doenças e enfermidades.

Guest disse essa capacidade é geralmente encontrada em cães altamente expressivos, atenciosos em relação aos humanos e que mostram uma preocupação geral em proteger seus donos.

Ela acrescentou que a maioria dos estudos científicos a respeito do tema foi inicialmente provocada por relatos de donos de animais que observaram um padrão de comportamento em seus cães. Mas crê que mais pesquisas são necessárias.

Em 2003, os resultados de um estudo preliminar divulgado na publicação científica Seizure, European Journal of Epilepsy sugeriram que "alguns cães têm capacidade natural para alertar e/ou responder a ataques epiléticos".

O estudo acrescentou que o sucesso desses cães "depende, em grande parte, da consciência e da resposta do dono ao comportamento de alerta do cachorro".


Autor: Redação
Fonte: BBC Brasil
Autor da Foto: Arquivo pessoal da família

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