No Brasil, 13 recém-nascidos morrem por dia por asfixia, sem terem apresentado qualquer doença ou problema durante o pré-natal. São mais de 4.500 por ano. A naturalidade do parto não expõe o verdadeiro perigo da sua realização sem o auxílio de uma equipe médica bem preparada, por isso a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul promoveu o curso "Programa de Reanimação Neonatal" durante o dia 19 de outubro.
- O programa tem como objetivo reduzir as taxas de morte por asfixia no parto no Brasil inteiro. É um treinamento voltado para todos os profissionais da saúde. A ideia é que toda a equipe esteja qualificada para socorrer a criança, pois a partir disso, obtemos resultados muito positivos. Sabemos que mais de 50% dos casos de asfixia conseguem ser revertidos a partir desta capacitação - considera o vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Marcelo Pavese Porto.
O problema, conhecido como "Asfixia Perinatal" acontece por diversos motivos, como o pré-natal inadequado, infecção, descolamento de placenta ou a dificuldade em se adaptar à vida fora do útero, onde acontecem alterações nas vias sanguíneas e a expansão dos pulmões. Os sintomas principais são o aumento da frequência respiratória, cardíaca e pressão arterial. Neste momento que cada segundo é crucial para o bom desenvolvimento do recém-nascido.
- É importante termos toda a equipe treinada, pois apesar da asfixia acontecer por diversos motivos, sabemos que a chance da criança sair bem após o surgimento do problema é muito alta - aponta.
A atividade foi realizada na sede da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. A capacitação profissional contou com a participação de enfermeiros, auxiliares ou técnicos de enfermagem, alunos de enfermagem, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.
Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.