A Organização Mundial da Saúde (OMS) lança alerta mundial contra novos casos de malária resistentes à artemisinina. O farmáco é o principal componente do tratamento para a malária e foi responsável por sucessos recentes na redução global de casos.
A resistência ao medicamento, segundo a OMS, pode comprometer o avanço no controle e na eliminação da malária. Os primeiros casos resistentes foram observados na fronteira entre o Camboja e a Tailândia, em 2008. Agora, foram detectados também em Mianmar e no Vietnã.
Segundo a agência, "se a resistência à artemisinina surgir em outros lugares, as "consequências para a saúde global podem ser graves."
A OMS destaca que são necessários US$ 450 milhões nos próximos três anos para combater a malária. A doença é endêmica em 10 países na região ocidental do Pacífico, incluindo Camboja, China, Malásia, Filipinas, Coreia do Sul e Vietnã.
Reunido na capital filipina Manila, comitê regional da OMS está pedindo aos governos para capitalizar o compromisso político de resposta ao combate da malária. O encontro destaca o acesso desigual aos sistemas de saúde, principalmente aos mais vulneráveis e a necessidade de consolidar ações além do setor de saúde, incluindo comércio, trabalho, imigração e agricultura.