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Médicos da UCLA tratam angina com células-tronco
 
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19/11/2013

Médicos da UCLA tratam angina com células-tronco

Pesquisa acontece na Faculdade de Medicina da University of California, Los Angeles

Pesquisa com células-tronco está em andamento na David Geffen School of Medicine, a faculdade de medicina da University of California, Los Angeles (UCLA), a Universidade da Califórnia. A mais recente informação descreveu um teste clínico no qual pacientes com angina foram tratados com células-tronco. A angina caracteriza-se por dor no peito devido ao fluxo de sangue diminuído para o músculo do coração. O teste clínico foi desenvolvido para avaliar o tratamento da angina em pacientes que não reagiram a outros procedimentos.

Após o paciente da UCLA, Marty Greenfield, 65 anos, sofrer um ataque cardíaco, submeteu-se a uma cirurgia de desvio coronariano e a uma angioplastia. Contudo, os procedimentos não aliviaram sua severa angina. Todo dia ele sofria com devastadoras dores no peito. Seu médico encaminhou-lhe à UCLA para avaliar um transplante de coração. Greenfield não foi aceito porque sua função muscular do coração não estava precária o suficiente para satisfazer os requisitos. O cardiologista da UCLA, Dr. Jonathan Tobis, sugeriu que ele considerasse inscrever-se em um teste clínico que utiliza células-tronco derivadas do sangue do próprio paciente, em uma tentativa de restaurar a circulação do coração. O procedimento envolve a utilização da mais moderna tecnologia para mapear o coração em 3D e guiar o cardiologista na aplicação das injeções de células-tronco nos locais selecionados no músculo do coração.

Em 17 de outubro, Marty Greenfield tornou-se o primeiro paciente da UCLA a participar do estudo, que foi duplo-cego, ou seja, nem o paciente, nem o médico sabiam se as injeções eram de células-tronco ou placebo. A despeito do fato de ter 50% de chance de não receber o tratamento, Greenfield estava ávido para participar. “Isso não tem a ver só comigo. Se eu puder contribuir no avanço dessa pesquisa para ajudar a outra pessoa, valerá a pena”, declarou.

Os pesquisadores notaram que o teste clínico é um dos mais avançados estudos usando células-tronco para tratar pacientes cardíacos que não podem receber os padrões de terapia aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) ou que já os receberam, mas não melhoraram. “Esperamos oferecer aos pacientes que não têm outras opções um tratamento que aliviará a dor aguda no peito e melhorará sua qualidade de vida”, explicou o investigador co-principal, Dr. Ali Nsair, que é professor assistente em residência de cardiologia na David Geffen.

Para o procedimento, o coração de Greenfield foi primeiro mapeado com imagens em 3D coloridas. Isso permitiu que os médicos estudassem o movimento do músculo e a voltagem que ele gerava. Áreas danificadas do coração produzem menos movimento e energia. Em seu coração foi então injetada uma solução que poderia conter células-tronco ou placebo. “Podemos dizer pelos níveis de voltagem e movimento qual área do músculo está sã ou anormal e não recebendo sangue e oxigênio suficientes. Então direcionamos as injeções exatamente para as áreas adjacentes ao músculo do coração cicatrizado e anormal para tentar restaurar um pouco de fluxo sanguíneo”, revelou Dr. Tobis.

Para o estudo, os pesquisadores coletaram sangue do paciente e isolaram células-tronco que geram a proteína CD34, as células CD34+. Elas são conhecidas como células pluripotentes, que significa que têm capacidade de se transformar em quaisquer tipos de células. Após a purificação, são injetadas no coração do paciente por via de um cateter inserido na artéria femoral, na área da virilha. O objetivo do tratamento é que as células se transformem em novas e saudáveis células do músculo do coração ou que estimulem o crescimento de novos vasos sanguíneos. Esse processo é conhecido como angiogênese. O resultado seria a melhora do fluxo sanguíneo, que provê oxigênio, para o músculo do coração adjacente ao tecido anormal.

Marty Greenfield e os outros pacientes do estudo serão acompanhados para determinar a resposta ao tratamento. A meta é admitir 444 pacientes em todo o país; 222 receberão terapia de células-tronco receptoras, 111 receberão placebo e os outros 111 estão sendo tratados de acordo com o padrão de cuidado vigente.


Autor: Imprensa e Renata Appel, correspondente internacional em Los Angeles, Califórnia
Fonte: Examiner

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