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Prefeitura lança plano de enfrentamento à Aids
 
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19/11/2013

Prefeitura lança plano de enfrentamento à Aids

Porto Alegre é a capital com o maior número de casos no País

Porto Alegre é a capital com mais casos de Aids do Brasil, tendo 99,8 pessoas com o vírus para cada 100 mil habitantes. Em nível nacional, o número cai para 17,9 para 100 mil. Outro número alarmante é que 2% das gestantes porto-alegrenses estão contaminadas. Segundo levantamento do Plano de Enfrentamento da Epidemia de HIV/Aids na Capital, o Aids Tchê, estimava-se que, em 2011, 14.100 pessoas estivessem vivendo com a doença na cidade. O coeficiente de mortes nesse mesmo ano foi de 31,92 casos para cada 100 mil habitantes.

Com o objetivo de combater o avanço da doença na Capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentou ontem o Plano de Enfrentamento à Epidemia de HIV/Aids. A ênfase será entre gays, travestis e homens que fazem sexo com homens, três situações que são consideradas epidemia, e entre transexuais e mulheres. Conforme a coordenadora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillar, é preciso sempre cuidar para, durante o enfrentamento, ser mantida a individualização. “Todas essas taxas representam pessoas. Nós temos que voltar aos indivíduos, depois desse levantamento, para podermos ter zero discriminação. O foco deve ser esse”, ressalta.

O prefeito José Fortunati considera as estatísticas assustadoras. “Elas são apavorantes, e é assim que nós temos que lidar com elas. Há certa soberba dos gaúchos, de se acharem supermulheres e super-homens, acima dos problemas que há em outros estados”, comenta. E destaca: “E o pior é que não são pessoas que não têm acesso à informação que estão sendo contaminadas. A questão é muito mais profunda, porque deve haver uma mudança na cultura da população, de enfrentamento sem discriminação”. De acordo com Fortunati, apesar de Porto Alegre ainda ser campeã nos casos de Aids, é uma das cidades que mais têm avançado nas pesquisas a respeito.

Sob a ótica do coordenador da área técnica de DST/Aids e Hepatites Virais, Gerson Winkler, o enfrentamento deve ser focado nas populações mais vulneráveis. “Esse plano vem para olhar para quem sofre algum tipo de discriminação e propiciar acesso à informação e ao atendimento para essas pessoas”, explica. Entre as estratégias, está um conjunto de ações educativas, desde a escola, e preventivas, com distribuição de camisinhas e criação de oficinas.

A expectativa do integrante do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul Rubens Raffo é de que as políticas públicas instauradas agora revertam a grave incidência da Aids na Capital. “Porto Alegre era historicamente referência na luta contra a Aids, esse cenário precisa voltar. Hoje, muita gente acha que é um vírus tratável e curável, mas não tem cura, não. E o tratamento, inclusive, é muito forte, pode até deixar sequelas físicas”, alerta. Na opinião dele, deve ser instaurada uma cultura permanente de prevenção em escolas e na mídia. “Assim como há o Outubro Rosa e o Novembro Azul, por que não um Dezembro Vermelho para conscientização?”, propõe.


Autor: Isabella Sander
Fonte: Jornal do Comércio
Autor da Foto: Marcelo Ribeiro

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