.
 
 
Sexo não é mais determinado apenas por fatores biológicos
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


22/11/2013

Sexo não é mais determinado apenas por fatores biológicos

Estudo mostrou que os critérios para a determinação do gênero (a prática de enquadrar as pessoas em categorias) não são os mesmos em todos os espaços sociais

O sexo, ou gênero, não é mais determinado apenas por fatores biológicos.

É o que defendem Laurel Westbrook (Universidade Estadual Grand Valey) e Kristen Schilt (Universidade de Chicago).

As pesquisadoras analisaram vários estudos de caso e verificaram que os fatores biológicos - como os órgãos genitais e os cromossomos - costumavam ser o determinante final do gênero, mas isso está mudando.

"Nós estamos em um ponto interessante na história do gênero, onde as pessoas estão divididas entre valorizar a auto-identidade e acreditar que a biologia determina o sexo," disse Westbrook.

Pânico de gênero

A dupla analisou estudos de caso envolvendo debates públicos sobre a expansão dos direitos transexuais, as políticas que determinam a elegibilidade das pessoas transexuais para esportes competitivos e propostas para eliminar a exigência de cirurgia genital para uma mudança de sexo na certidão de nascimento.

Esses debates têm feito surgir eventos que as pesquisadoras chamam de "pânico de gênero", quando a definição direta e exata não é mais possível.

"Nós descobrimos que estes momentos, que nós chamamos de 'pânico de gênero', são o resultado de um choque entre duas ideias culturais concorrentes sobre a identidade de gênero: a crença de que o sexo é determinado pela biologia, contra a crença de que a auto-identidade de uma pessoa em termos de gênero deve ser validada.

"Estes pânicos de gênero frequentemente resultam em uma reformulação da linguagem das políticas, de modo que elas requerem grandes alterações corporais antes que os transgêneros tenham acesso a determinados direitos," disse Westbrook.

Corpos masculinos em locais femininos

O estudo mostrou que os critérios para a determinação do gênero - a prática de enquadrar as pessoas em categorias de gênero - não são os mesmos em todos os espaços sociais.

Enquanto a auto-identidade é suficiente em muitas circunstâncias, como nos locais de trabalho, as pessoas estão mais propensas a acreditar que a biologia determina o sexo em espaços onde há separação entre masculino e feminino .

"Nas controvérsias que examinamos, é o acesso a banheiros, vestiários, salas de equipes e centros esportivos que estão no centro dos pânicos de gênero," disse Westbrook.

"Devido à crença de que as mulheres são inerentemente vulneráveis, especialmente aos avanços heterossexuais indesejados, são os espaços das mulheres que estão no centro desses debates. Assim, com essas controvérsias, grande parte da discussão é sobre um medo de corpos 'masculinos' em espaços 'femininos'," explica.

Segundo as pesquisadoras, como resultado desses medos, as políticas de direitos transexuais são muitas vezes descartadas ou alteradas de modo a forçar as pessoas transexuais a aderir às ideias normativas dos corpos e seus determinantes biológicos.


Autor: Redação
Fonte: Diário da Saúde

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581