O governo do Estado acaba de firmar uma importante parceria na área de Ciência e Tecnologia, que tem na inovação a palavra-chave. A governadora Yeda Crusius assinou, nesta segunda-feira (03), na Secretaria da Ciência e Tecnologia, convênio entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para implementação, no RS, do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), envolvendo investimento de R$ 30 milhões para concessão de bolsas e auxílio financeiro à pesquisa. "Este é um convênio de abertura, que pode ser realizado a partir da construção da condição fiscal de déficit zero", afirmou a governadora.

A preocupação do governo do Estado é que os recursos repassados possam produzir conhecimento a ser transmitido aos agentes econômicos e sociais. Para Yeda Crusius, este é o primeiro passo de uma série de muitos que irão transcorrer em parceria com as reconhecidas instituições. "Com a lei da inovação, o governo do Estado também poderá firmar parcerias com o setor privado, dentro de regras absolutamente transparentes, que levarão o Rio Grande do Sul ao caminho da sustentabilidade", afirmou Yeda.

De acordo com o secretário da Ciência e Tecnologia, Artur Lorentz, do total, R$ 18 milhões serão aportados pelo CNPq, para custeio e capital, e R$ 12 milhões, pelo governo do Estado, por meio da Fapergs, como contrapartida para custeio e bolsas, em um prazo de até quatro anos. "O convênio se destina a projetos para o desenvolvimento regional em diversas áreas, como pecuária e saúde, e todas com foco na inovação", explicou Lorentz.

"O Pronex é um instrumento que leva ao alcance de vários estados a possibilidade de planejar ações nas áreas de ciência e tecnologia", afirma o presidente da Fapergs, Rodrigo Costa Mattos. Para ele, com o Pronex, o Rio Grande do Sul ganha mais em oportunidades para financiamento de seus projetos em pesquisa.

A vice-presidente do CNPq, Wrana Panizzi, explica que o projeto apoia grupos de pesquisas que podem ser interdisciplinares e mesmo vindos de diferentes instituições, mas que trabalhem por um mesmo objetivo em relação a um mesmo tema. Wrana acredita que "a validação social da produção científica é fundamental quando mostra que não foi dado só o recurso, mas feito também um grande investimento para muitos frutos permanentes".