O consumidor será um dos meios de combate à pirataria de medicamentos. Isso porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Justiça elaboram um projeto segundo o qual o consumidor poderá rastrear a procedência do remédio no momento da compra ou pela internet.

"É um sistema que será implementado na caixa do medicamento, que vai permitir ao consumidor, pela internet ou por um leitor [óptico], conferir onde foi fabricado aquele medicamento, quem recebeu a distribuição, qual foi o estado onde ele foi vendido e qual foi a farmácia que o comprou", explica o presidente do CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria) do ministério, Luiz Paulo Barreto, de acordo com a Agência Brasil. "Assim, ele terá a segurança de estar comprando um produto original", ressalta.

Como explicou Barreto, os medicamentos conterão um código por meio do qual o consumidor poderá rastrear todas as informações referentes à procedência do remédio. Segundo ele, um teste do novo sistema de rastreamento será feito ainda este ano.
Preços muito diferentes não é bom sinal.

Durante debate na Anvisa, ocorrido na terça-feira (4), o assessor de segurança institucional da agência, Adilson Bezerra, recomendou aos consumidores ficarem sempre em alerta com os medicamentos que compram.

Diferenças de preços muito grandes devem ser vistas com desconfiança. "É natural que remédios sejam mais baratos em alguns lugares, mas se ele custa R$ 100 na maior parte das farmácias e está sendo vendido a R$ 30 em uma, é porque tem alguma coisa errada".

Além disso, ele recomenda procurar o farmacêutico nas drogarias. "Geralmente, quando o farmacêutico está presente constantemente na farmácia, nós não encontramos medicamentos falsificados ou contrabandeados", aconselha.