Um teste de 15 minutos que você pode fazer em casa pode mostrar os primeiros sinais de declínio mental, com resultados tão próximos quanto os de exames de diagnóstico. O teste, que é feito por escrito, pode também ser usado para detectar e tratar o Alzheimer precocemente. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
Pesquisadores americanos que desenvolveram o teste dizem que idosos saudáveis podem realizá-lo em casa e compartilhar os resultados com os médicos, para que possam acompanhar sua condição.
As perguntas vão desde questões simples de memória – como escrever um data, por exemplo – às tarefas mais complexas do dia a dia, como calcular o troco em uma compra.​
Mais de 1 mil pessoas com 50 anos ou mais receberam o teste. Os resultados indicaram que 28% deles tinham comprometimento cognitivo, uma perda leve da função mental.
O mesmo grupo demonstrou resultados parecidos com testes diagnóstico, o que indica que o teste pode ser um indicador útil.
O pesquisador Douglas Scharre, diretor da área de neurologia cognitiva na Ohio State University, disse que a descoberta pode levar a diagnósticos precoces de demência. “Se pudermos descobrir esta mudança cognitiva mais cedo, então podemos iniciar potenciais tratamentos muito mais cedo do que sem este teste”, observou.
Enquanto o teste não diagnostica a doença, ele permite aos médicos controlem com mais facilidade as mudanças nas habilidades cognitivas do paciente, observando como as suas respostas mudam com o tempo. “Podemos dar a eles o teste periodicamente e, no momento em que percebermos qualquer mudança em suas habilidades cognitivas, podemos intervir mais rapidamente”, disse o especialista.
Pesquisas anteriores demonstraram que o teste pode detectar quatro em cada cinco pessoas como dificuldade de raciocínio ou problemas de memória. Cerca de 95% das pessoas que não têm estes problemas terão uma pontuação normal.
Participantes do estudo foram centros de idosos, feiras de saúde, palestras educativas, e também por anúncios sobre memória publicados em jornais.
Os voluntários foram testados em sua orientação mental, linguagem, raciocínio, noção espacial, resolução de problemas e memória.
Simon Ridley, do Alzheimer Research UK, alerta que qualquer pessoa preocupada com a perda de memória deve procurar um médico. "É importante notar que o teste não foi concebido para diagnosticar a demência, e as pessoas que estão preocupadas com a sua memória devem procurar o conselho de um médico ao invés de tentar se autodiagnosticar com um teste em casa”, alerta.