Em relatório divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), referente aos transplantes de medula óssea efetuados em 2013, o Hospital Amaral Carvalho (HAC) se destacou por ser o serviço que mais realizou procedimentos desse tipo no Brasil. A instituição, que é referência nacional em tratamento de câncer, esteve em evidência nos balanços da Associação dos últimos quatro anos, por ser um dos centros mais produtivos.

Segundo o relatório, no ano passado, o Hospital Amaral Carvalho foi responsável pela realização de 194 transplantes de medula óssea: 83 autólogos (quando a medula ou células tronco para transplante são retiradas do próprio paciente) e 111 alogênicos (quando a medula ou células são de outra pessoa, doador aparentado ou não, desde que compatível com o receptor).

De acordo com a Diretora de Desenvolvimento em Saúde do HAC, Cristina Moro, o número mais expressivo é o de transplantes de medula óssea alogênicos, que são de maior complexidade. “Em 2013, o Hospital Amaral Carvalho foi responsável pela realização de 16,6% dos procedimentos desse tipo, em todo o país.”

Serviço

Existente desde 1996, o Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do HAC, diferente da maioria dos centros brasileiros de transplante, não é vinculado a nenhuma instituição universitária. O Hospital Amaral Carvalho é gestor do programa que é referência para o Norte e Nordeste do país.

Além de transplantar pacientes de todo o Brasil, e por consequência, colaborar com o cenário nacional no que se refere a transplantes de medula óssea, o HAC estruturou laboratórios, como os de virologia e biologia molecular, que oferecem suporte na realização dos transplantes, além de prestarem serviços a vários setores da instituição.

Dois mil

Em agosto do ano passado, o Serviço de TMO do Hospital Amaral Carvalho atingiu uma importante marca alcançada por poucos centros brasileiros: a realização do transplante de medula óssea de número 2 mil, motivo de orgulho para a instituição.

O transplante alogênico foi realizado no paciente Flavio Vinicius Fernandes, de Belo Horizonte, MG. “Quando cheguei no HAC, estava nervoso em ter que ir para um lugar desconhecido, mas fui muito bem acolhido pela equipe. Ganhei um monte de amigos e irmãos”, afirmou.

Para Flavio, saber que o HAC já tinha realizado 1.999 transplantes foi muito importante. “Me deu segurança para encarar a doença”, completa.