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Pesquisadores realizam transplante de útero em mulheres que não conseguem engravidar
 
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07/03/2014

Pesquisadores realizam transplante de útero em mulheres que não conseguem engravidar

Pacientes, na faixa etária dos 30 anos, nasceram sem o órgão ou tiveram de retirá-lo devido a um câncer cervical

Nove mulheres na Suécia receberam transplantes de úteros doados por parentes e, de acordo com os pesquisadores da Universidade de Gotenburgo, na Suécia, uma delas que recebeu o transplante entre 2012 e 2013, teve o processo de fertilização in vitro bem-sucedido, no final do mês de janeiro. Se a gravidez for adiante será a primeira mulher no mundo a ter um bebê com útero transplantado.

Segundo o especialista em reprodução assistida, Nilo Frantz, membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE), problemas relacionados a fatores uterinos são os maiores responsáveis pela infertilidade, incluindo problemas congênitos (ausência ou má formação), ou adquiridos, depois de uma histerectomia (retirada do útero por qualquer outro motivo).

Conforme as informações do jornal britânico The Telegraph, a mulher, que não teve seu nome revelado, participou do estudo porque tem uma doença genética caracterizada pela ausência do útero. Mulheres com essa doença, chamada síndrome de MRKH, têm ovários totalmente desenvolvidos, o que permite que a fertilização artificial utilize seus próprios óvulos. Ainda de acordo com o jornal, quem doou o útero para essa paciente foi a mãe dela, o que significa que o bebê seria gerado no mesmo útero que gerou a própria mãe.

Pacientes transplantadas

As pacientes, na faixa etária dos 30 anos, nasceram sem o órgão ou tiveram de retirá-lo devido a um câncer cervical. As cirurgias ocorreram a partir de setembro de 2012, mas o experimento só foi divulgado em 2014.

Novas tentativas

Os resultados mostram que as nove pacientes passam bem. Algumas menstruaram seis semanas depois dos transplantes, um sinal de que os úteros estavam saudáveis e funcionando. Foram poucos episódios de rejeição e nenhuma das doadoras ou beneficiadas precisaram de acompanhamento médico intensivo após a operação.

As tentativas anteriores pelo mundo de realização de transplantes de útero não foram bem sucedidas. Uma delas foi em 2011, na Turquia. Uma jovem de 22 anos recebeu o órgão do cadáver de uma mulher com quem não tinha parentesco. A gestação foi interrompida duas semanas depois.

Método polêmico

Para o médico Nilo Frantz, o trabalho dos suecos é promissor, mas merece cautela em relação aos efeitos do transplante na saúde da paciente e com a possibilidade de que a placenta não leve a quantidade necessária de alimentos para o feto.

Transplantes de órgãos como coração, fígado e rim são realizados há décadas e a medicina está investindo cada vez nos transplantes de mãos, rosto e outras partes do corpo que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No útero, porém, os estudos são incipientes.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

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