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Iniciada nesta segunda-feira, vacinação contra o HPV se estende até abril
 
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11/03/2014

Iniciada nesta segunda-feira, vacinação contra o HPV se estende até abril

Procedimento ocorre em escolas das redes pública e privada, além de unidades básicas de saúde

Poucos pais acompanharam as meninas que compareceram à Escola Estadual de Ensino Fundamental Mané Garrincha, em Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira, na abertura da campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer de colo de útero. A primeira fase de imunização se estende até 10 de abril em escolas das redes pública e privada e unidades básicas de saúde (UBS) de todo o Estado.

Aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina divide especialistas — críticos destacam possíveis efeitos adversos como infertilidade e falência dos ovários e temem uma supermedicação desnecessária das adolescentes. Com eficácia de 98,8%, a vacina protege contra quatro dos mais de cem tipos de HPV: dois causam verrugas genitais, e os outros dois, câncer. A imunização, prevista em três doses (a segunda e a terceira são administradas seis meses e cinco anos depois da aplicação inicial), não dispensa o uso de camisinha nem a realização do papanicolau, exame de rastreamento. A meta da Secretaria Estadual da Saúde é alcançar 206 mil meninas de 11 a 13 anos.

— É uma aposta na prevenção e na redução do câncer de colo de útero. Guardem essa carteirinha no lugar onde vocês guardam as lembranças mais preciosas — pediu Sandra Fagundes, secretária estadual da Saúde, na cerimônia de abertura, no saguão da escola.

Tânia Krug, 48 anos, tentava driblar o constrangimento da filha, Jaqueline, 13 anos, que não queria ser vista ao lado da dona de casa pelas amigas. Motivada pela ocorrência de um caso de câncer de colo de útero na família, Tânia afirmou desconhecer detalhes sobre a iniciativa:

— Vim para saber o porquê dessa vacina, se tem reação. Se existe uma maneira de prevenir, vamos prevenir. Acho que toda vacina é importante.

Jaqueline entrou desacompanhada na sala onde se concentravam os técnicos de enfermagem. Recebeu uma Caderneta de Saúde do Adolescente, com informações sobre ciclo menstrual, puberdade e sexo seguro, e a orientação para buscar a segunda dose em 10 de setembro. Surpreendeu-se com a picada da agulha e não conteve um gemido:

— Doeu bem mais do que eu pensava.

A mãe a aguardava na porta.

— Dói mais do que obturar um dente? — questionou Tânia.

Logo que ouviu falar sobre o tema, Rafaela Matos, 13 anos, solicitou esclarecimentos à mãe. Nesta segunda, a dona de casa Franciele Xavier, 29 anos, acompanhou-a ao Mané Garrincha. Há dois anos, as duas vêm discutindo, em casa, sobre sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis.

— Tinha pouca informação e engravidei muito cedo. Não quero que aconteça o mesmo com ela. Eu não tinha coragem de chegar na minha mãe para conversar — recorda Franciele.

A vacinação

— Meninas de 11 a 13 anos receberão três doses da vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer de colo de útero, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Existem mais de cem tipos de HPV, e a vacina imuniza contra quatro deles (dois são causadores de verrugas genitais e dois provocam câncer).

— A primeira dose da vacina será oferecida até 10 de abril, gratuitamente, na rede escolar pública e privada e nas unidades básicas de saúde (UBS) de todos os municípios gaúchos. A segunda dose (seis meses depois) e a terceira (cinco anos após a primeira, em 2019) estarão disponíveis apenas nas UBS.

— Famílias devem se informar sobre os dias e horários de vacinação em cada escola. É preciso apresentar o cartão de vacinação, a caderneta do adolescente ou documento de identificação.

— Não há obrigatoriedade. Pais que não quiserem vacinar suas filhas poderão assinar um termo de recusa.

— Em 2015, o alvo da campanha será a faixa etária de nove a 11 anos. Em 2016, a de nove anos de idade.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Tadeu Vilani

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