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12/08/2009

Desenvolvimento sustentável

OIT apresenta os “empregos verdes” como um novo modelo de economia mundial e aponta tendências para novas frentes de trabalho

Desenvolvimento sustentável é a palavra de ordem para todos os atores da economia, principalmente no que tange a “economia verde” que, somente no Brasil, gera mais de 1 milhão de empregos, conforme aponta o relatório Green Jobs: Towards Decent Work in a Sustainable, Low-Carbon Word (Empregos Verdes: rumo ao Trabalho Decente em um mundo sustentável e com baixas emissões de carbono)* da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apresentado em 2008. Segundo Paulo Muçouçah, coordenador dos Programas de Trabalhos Decente e Empregos Verdes da OIT no Brasil, que estará em São Paulo no dia 24 de agosto para participar do 2º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, onde apresentará a palestra Empregos verdes e a transformação do perfil dos empregos no mundo, “atualmente o mercado exige uma maior capacitação profissional para os chamados ‘empregos verdes’, principalmente dos jovens. O Brasil, mesmo sendo vanguarda em produção de novas tecnologias de construção sustentável, precisa fazer com que essas tecnologias se disseminem por todo o setor, o que só será possível com profissionais melhor preparados”. Ainda segundo Muçouçah, as tecnologias verdes podem empregar mais do que os modelos tradicionais. Para que o aquecimento global não ultrapasse os 2° C, teremos que investir anualmente pelo menos 1% do PIB mundial até 2050, o que poderá gerar cerca de dois bilhões de empregos verdes no mundo.

Muçouçah, durante o Simpósio, palestrará sobre alguns resultados preliminares do estudo “Skills for Green Jobs”, que a OIT está realizando em 20 países, incluindo o Brasil. Este estudo procura fazer um levantamento da oferta e da demanda de capacitação e qualificação profissional para atender as iniciativas que estão sendo adotadas em todos os setores da economia frente ao novo paradigma dos empregos verdes, “uma vez que o grande desafio é fazer com as tecnologias sejam incorporadas por uma mão de obra especializada, capaz de colocar em prática o conceito de sustentabilidade”, afirma Muçouçah.

A importância dos empregos verdes está, principalmente, na redução do impacto ambiental e as oportunidades estão em praticamente todas as áreas, principalmente na construção civil, sendo este um dos setores que mais se preocupa com a questão ambiental, investe na disseminação de informações e em desenvolvimentos de novas tecnologias e materiais ecoeficientes. Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), a construção civil movimenta cerca de 15% do PIB brasileiro e emprega 15 milhões de trabalhadores. Responsável por um terço das emissões de gases efeito estufa em todo o mundo, as iniciativas e políticas públicas realizadas pelo setor de construção civil vão de encontro ao que propõe as Nações Unidas para a redução de GEE e investimentos em sustentabilidade, propondo a chamada “economia verde”.

Muçouçah afirma que a sustentabilidade deve estar disseminada em toda a cadeia produtiva, e é necessário que haja investimento governamental para a criação de novos postos de trabalhos “verdes”, como o programa ‘Minha Casa Minha Vida’, da Caixa Econômica Federal. Importante também é que haja uma transição do emprego como é hoje para o chamado “verde”, facilitando o acesso a oportunidades de emprego e de atividades econômicas alternativas para empresas e trabalhadores, pois desta forma os diretamente afetados pelo novo curso da economia podem se adaptar às mudanças.

Segundo o relatório Empregos Verdes: rumo ao Trabalho Decente em um mundo sustentável e com baixas emissões de carbono, o mercado global de produtos e serviços ambientais, que movimenta atualmente 1,37 bilhão de dólares por ano, passará para 2,74 bilhões em 2020. Acelerar o crescimento dos empregos verdes é um passo importante para questões como o clima, e pode auxiliar na obtenção de um novo acordo sobre o tema, como será discutido este ano em Copenhague na Cúpula das Nações Unidas sobre o Clima.

*O relatório foi encomendado e financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente (PNUMA) no âmbito da Iniciativa Conjunta sobre Empregos Verdes do PNUMA, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização Internacional de Empregadores (OIE) e da Confederação Sindical Internacional (CSI). Foi elaborado pelo Instituto da Vigilância Mundial (Worldwatch Institute) com assistência técnica do Cornell University Global Labour Institute. A versão em inglês do relatório está disponível no site www.oitbrasil.org.br.

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Sobre o 2º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável: Com o objetivo de apontar a importância de um diálogo que ofereça alternativas ecoeficientes para a cadeia produtiva e de consumo que envolva o setor da construção civil, a fim de reduzir seus impactos socioambientais, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – CBCS realiza o 2º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável. O evento visa também apresentar novas formas de gestão e tecnologias inovadoras na construção, e promover a oportunidade de estreitamento de laços entre diversos atores da economia brasileira: a indústria da construção civil, a da arquitetura e a do design. Com o patrocínio da Holcim, Construtora Camargo Corrêa, Braskem, IBS, ABIVIDRO, LWART, Caixa Econômica Federal, CBCA e WWF-Brasil, e apoio empresarial do D&D Shopping e Ornare, o 2º Simpósio acontecerá no WTC Convention Center, em São Paulo, dia 24 de agosto, das 8h às 20h.
 


Autor: Madeleine Gonçalves
Fonte: Lead Comunicação e Sustentabilidade

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