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Nova droga para perda de peso interrompe a progressão para diabetes tipo 2
 
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19/08/2009

Nova droga para perda de peso interrompe a progressão para diabetes tipo 2

Os resultados foram apresentados pelo pesquisador principal do Department of Medicine at Weill-Cornell Medical Center e New York Presbyterian Hospital

Um componente experimental que combina fentermina e topiramato em formulação de liberação controlada (Qnexa formalmente VI-0521, Vivus) parece interromper a progressão em direção ao diabetes tipo 2 em indivíduos obesos sem a doença.

Os resultados do estudo clínico apresentado na 69ª sessão científica da American Diabetes Association (ADA) mostram que a droga (um dos componentes é aprovado para o tratamento de obesidade e o outro para epilepsia pediátrica) muda a trajetória da hemoglobina glicada e parece ter o potencial de interromper a progressão para diabetes tipo 2 em indivíduos obesos sem essa doença.

Os resultados foram apresentados pelo pesquisador principal Dr. Louis Aronne, do Department of Medicine at Weill-Cornell Medical Center e New York Presbyterian Hospital em Nova York.

O estudo fase 3, que durou 6 meses, envolveu 756 pacientes com idade entre 18 a 71 anos (média de 45,6) com um índice de massa corpórea variando de 30 a 45 kg/m2 (média, 36,3) e uma hemoglobina glicada inicial média de 5,5%. Os pacientes foram randomizados para receber fentermina 7,5 ou 15 mg, topiramato 46 ou 92 mg combinações das 2 drogas (VI-0521) nas menores ou maiores doses, e placebo.

Foram avaliados os efeitos na hemoglobina glicada, parâmetros metabólicos e peso corporal.

Os pacientes foram inscritos em uma dieta com déficit de 500 kcal e receberam um programa estruturado para modificação do estilo de vida e programa de exercícios.

Os pacientes do grupo placebo perderam 1,71% do peso corporal. Entretanto, a hemoglobina glicada aumentou em 0,09% durante o período de 6 meses do estudo (p < 0,0001, comparado com o início).

Para VI-0521, os pacientes no grupo de combinação de menor dose perderam uma média de 8,46% do peso corporal, e aqueles no grupo de combinação da maior dose perderam uma média de 9,21%. Os níveis de hemoglobina glicada diminuíram em 0,01% com a menor dose e 0,02% com a maior dose (p < 0,0001 para cada dose comparada ao placebo).

Os eventos adversos mais comumente observados, todos leves e transitórios, foram cefaleia, parestesia, infecção do trato respiratório superior, boca seca, nasofaringite e constipação. Não houve efeitos adversos graves relatados durante o estudo.

“A diferença na trajetória da hemoglobina glicada durante o estudo de 6 meses foi considerável, considerando que o estudo foi conduzido em pacientes sem diabetes”, disse Dr. Aron aos presentes.

“Além disso, o condutor primário para a diferença entre o tratamento ativo e placebo foi a piora dos níveis de hemoglobina glicada nos pacientes tratados por placebo do que o que foi impedido durante o curso do estudo em pacientes tratados com BI-0521”.

“A droga reduz a hemoglobina glicada em pacientes diabéticos, e para pacientes que não foram diagnosticados com diabetes, ela pode prevenir o aumento nos níveis de hemoglobina glicada”, disse Dr. Arone. Ele previu que “a próxima geração de medicações contra diabetes se concentrará em drogas para perda de peso” em vez de somente em drogas que controlam a sensibilidade à insulina ou resistência.

“Um dos maiores problemas do diabetes tipo 2 é obesidade, que leva a uma gama de novos problemas doença cardíaca, problemas nas articulações e problemas metabólicos”, observou Dr. R. Paul Robertson, presidente da Ada de medicina e ciência e endocrinologista do Swedish Medical Center em Seattle, Washington, em uma entrevista à Medscape Diabetes & Endocrinology após apresentação do Dr. Aronne.

“Nós precisamos tratar a obesidade agressivamente, e isto poderia resolver muitos desses outros problemas. Uma droga efetiva seria preferível à cirurgia bariátrica, que é a melhor opção que temos no momento”, disse Dr. Robertson.

Estudos fase 3 do VI-0521 para o tratamento de obesidade estão planejados para serem completados ao final desse ano, e os estudos fase 2 para o tratamento de diabetes tipo 2 são esperados para concluir no próximo ano.

Este estudo foi financiado por Vivus. Dr. Aronne relata relações financeiras com Amylin, Arena Pharmaceuticals, Orexigen Therapeutics, Sanofi-Aventis, e Vivus. Dr. Robertson recebe apoio da Merck & Co.


Autor: Martha Kerr
Fonte: Medcenter

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