.
 
 
Cesárea forçada de grávida do RS: cabeça do bebê poderia ficar "entalada"
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


04/04/2014

Cesárea forçada de grávida do RS: cabeça do bebê poderia ficar "entalada"

De acordo com Febrasgo, parto normal não é indicado quando a criança está sentada

Até que ponto o obstetra pode determinar o tipo de parto de uma gestante? Para a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama esta decisão deve ser orientada pelo médico, que tem formação acadêmica para agir em qualquer tipo de situação. A grávida Adelir Goes, 29 anos, não queria abrir mão do parto normal, mesmo sabendo que ela e o bebê corriam risco de morrer. Por conta disso, a médica que atendeu a paciente em Torres, a 200 km de Porto Alegre, recorreu a Justiça gaúcha, que determinou que a gestante fosse submetida a uma cesariana.

— A gente tem conhecimento técnico diferenciado, senão não precisaria de médico. Não precisa correr este risco nos dias de hoje com todas as ferramentas nos hospitais que a gente tem, mas a gente não pode obrigar ninguém. Este não é nosso papel e nem nosso interesse.

Mães apostam em parto humanizado e relatam coragem, dor e emoção

De acordo com o protocolo da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), as condições clínicas da mãe indicavam o procedimento cirúrgico porque o bebê estava sentado. Nesta situação, o corpo pode até sair, mas a cabeça da criança fica “entalada” no colo do útero da mãe. Além disso, a Adelir já havia feito duas cesarianas anteriores e, com as contrações do parto normal, a cicatriz do procedimento poderia abrir e levá-la a uma hemorragia fatal.

Neste caso, Bárbara reforça que apesar de o parto normal ser priorizado pela mãe, na prática não havia condições clínicas favoráveis para sua realização.

— Somos responsáveis por aquelas duas vidas. Então é complicado a gente saber o que é o certo e, de repente, não ter ferramentas para que o certo aconteça.

Enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que apenas 15% dos partos sejam feitos por cesariana, no SUS (Sistema Único de Saúde) o procedimento cirúrgico corresponde a 36,8% do total de nascimentos. Quando são levados em consideração os partos feitos com uso de planos de saúde particulares, a porcentagem chega a impressionantes 80%.

Foto: Grávida Adelir Goes, 29 anos, não queria abrir mão do parto normal. Crédito: Reprodução Record.

Assista ao vídeo:


Autor: Redação, com Fala Brasil
Fonte: R7 - Saúde

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581