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Cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê é comum, afirma especialista
 
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08/04/2014

Cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê é comum, afirma especialista

Circular de cordão, que ocorre em até 30% dos partos, pode assustar, mas não indica necessidade de cesariana

Em uma consulta de rotina, o médico faz uma ultrassonografia. A gravidez está entrando no oitavo mês e todos os exames estão normais. Daí vem o alerta: o cordão umbilical está enrolado no pescoço do feto. E não só dá uma volta, como duas. A situação pode assustar algumas mães, principalmente aquelas de primeira viagem.

A ideia de que o bebê se enforque com o próprio cordão, dramática à primeira vista, é fantasiosa, afirma o chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Sérgio Martins Costa. Afinal, o feto não respira pelo pescoço e o pulmão, o último órgão a se desenvolver, que ainda nem está em funcionamento.

A chamada “circular de cordão”, alça de cordão umbilical em torno do pescoço do feto, pode ocorrer ao longo de toda a gestação. Isso acontece porque o bebê se mexe constantemente dentro da barriga da mãe, nadando no líquido amniótico. Ele toca, mexe e brinca com o cordão, enrolando-se e desenrolando-se nele em qualquer parte do corpo.

— A identificação desta situação em um ultrassom não é motivo para marcar cesariana, afinal, isso ocorre em 20% ou 30% dos partos, e os bebês nascem muito bem — diz Costa.

Ele explica que essa ocorrência é resolvida facilmente no momento do parto. Basta que o médico retire a circular de cordão logo após a passagem da cabeça da criança.

Saúde do cordão merece atenção

Toda a troca de gases e nutrientes entre mãe e feto é feita pelo cordão umbilical. É com a saúde desse anexo, que permite a comunicação entre o embrião e a placenta, que se deve ter atenção. Normalmente ele é grosso, composto por três vasos, e envolto por uma geleia para suportar qualquer compressão que possa haver durante a gestação.

Além disso, o cordão pode ser muito longo (chegando a atingir quase um metro) ou muito curto. Quando é comprido, é possível que se façam nós. Em casos raros, se o nó for muito apertado – chamado de nó verdadeiro –, ou se houver defeitos no cordão, a circulação de sangue para o bebê pode ser afetada. A questão é que o mesmo ultrassom que mostra o bebê enrolado no cordão pode não apontar esse comprometimento.

— Muitas vezes, a ultrassonografia identifica problemas que podem não ser verdadeiros. Por isso, recomenda-se que o laudo do exame, que é compartilhado entre médico e paciente, traga apenas informações que são úteis, para não preocupar, sem necessidade, os pais — aponta o Costa.

Os riscos mais altos

É durante o trabalho de parto que os problemas podem aparecer. Neste momento há a real compressão do cordão umbilical, que encosta na parede do útero da mãe. Quando o cordão está enrolado no bebê ou com nó, eventualmente a frequência cardíaca será alterada, causando danos à respiração da criança.

Justamente para evitar complicações, os médicos acompanham os batimentos cardíacos do feto por meio de um sonar e também recorrem ao exame de cardiotocografia, durante as contrações da mãe. Ambos verificam e registram a frequência com que bate o coração do bebê.

— O médico deve verificar se há alterações, podendo agir rapidamente e mudar de estratégia, adotando então a cesárea como melhor opção — conclui o médico.

Foto: Juan Barbosa / Agencia RBS.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

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