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Tire suas dúvidas sobre a fraude no vinho gaúcho
 
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05/05/2014

Tire suas dúvidas sobre a fraude no vinho gaúcho

Consumo elevado pode aumentar resistência a medicamentos

A descoberta de um antibiótico proibido em vinhos de 13 vinícolas gaúchas — 24,5% das empresas fiscalizadas — levantou dúvidas e temores entre os apreciadores da bebida no Rio Grande do Sul.

Especialistas sustentam que a presença da substância natamicina, destinada a combater fungos, não representa um risco imediato à saúde. A principal ameaça em caso de uso prolongado e em dosagens elevadas é o aumento progressivo da resistência a antibióticos.

Como o exame realizado em amostras de 53 fabricantes não indica a concentração da natamicina, mas apenas se ela está ou não presente na bebida, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento não sabe informar em que dosagem ela foi inserida de maneira fraudulenta nos produtos. A mistura foi verificada em lotes já retirados do mercado de vinhos suaves produzidos em vinícolas de pequeno porte da Serra e vendidos geralmente em garrafões e embalagens pet.

Veja a lista com os nomes das empresas flagradas pela fiscalização

Em entrevista coletiva realizada na superintendência do ministério, na Capital, na tarde desta sexta, o órgão também não soube informar a quantidade de garrafas comprometidas pela adulteração.

— Essa substância foi utilizada para evitar a proliferação de fungos no vinho por ser a maneira mais fácil de resolver o problema. Também é possível evitar essa proliferação com sistemas eficientes de produção e filtragem, mas a natamicina é a solução de mais baixo custo — afirmou o superintendente do ministério no Estado, Francisco Signor.

Uma das empresas envolvidas já foi julgada em primeira instância, e agora o processo segue para Brasília para julgamento em segunda instância. As demais deverão receber o primeiro veredito em breve. Depois disso, dentro de alguns meses, os nomes daquelas condenadas administrativamente serão encaminhados para o Ministério Público para eventual denúncia à Justiça na área cível ou criminal.

O professor de Microbiologia Clínica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Alexandre Fuentefria sustenta que a toxicidade da natamicina é muito baixa, o que evita riscos imediatos à saúde. O maior problema, segundo o especialista, é o uso continuado e em doses elevadas dessa substância:

— Os micro-organismos mais sensíveis são eliminados, e restam os mais resistentes. Com o passar do tempo, pode haver um aumento da resistência aos antibióticos e maior dificuldade de combater certas doenças.

Segundo o professor de Controle de Qualidade de Alimentos e Microbiologia de Alimentos da UFRGS Eduardo Tondo, a saída para o consumidor a fim de evitar problemas desse tipo é procurar marcas com notória reputação:

— A melhor recomendação é consumir alimentos de empresas em que a gente confia. A marca é o maior patrimônio de uma empresa. Se a empresa tiver uma marca a zelar, fará de tudo para manter o seu produto saudável e com boa qualidade. 


Autor: Marcelo Gonzatto
Fonte: Zero Hora

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