Carinho, dedicação, responsabilidade e paciência são algumas das características que fazem de um cuidador de idosos, profissão cada vez mais valorizada, pois os familiares procuram pessoas com perfis que agregam, além dos conhecimentos técnicos, a humanização e o afeto.

“Sensibilidade, paciência, carinho e respeito são características fundamentais às pessoas que querem trabalhar como cuidador de idosos”, ressalta Fernanda Amendola, professora doutora em Ciências da Saúde pela USP e professora da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein e da Universidade de Guarulhos.

Quase da família

Atualmente, a preocupação com a qualidade de vida do idoso vai além dos cuidados com saúde, alimentação, higiene e mobilidade. “Nós, cuidadoras, também precisamos saber ouvir atentamente as histórias dos pacientes e tratá-los de maneira singela, como se fossem nossos pais ou avós. Esse sentimento, com o tempo, acaba se tornando mútuo e eles passam a nos tratar como filhos ou netos. É muito gratificante”, destaca a cuidadora Eliane Sipos.

A introdução de atividades recreativas, como passeios ao ar livre e companhia para leituras, podem representar um ganho de autoestima e liberdade para o idoso. Carlos Ricardo Silva é técnico em Enfermagem e trabalha como cuidador de idosos há sete anos. Ele acredita que é possível dar mais qualidade de vida aos seus pacientes. “Dar mais música, mais atividades, mais independência, mais carinho, mais amor, aumentar a sua autoestima, ou seja, integrá-los à sociedade como pessoas especiais”, completa.

Mercado em alta

Para o técnico em enfermagem Carlos Ricardo Silva, “o ‘cuidar de pessoas’ representa um mercado de trabalho promissor e rentável, principalmente com os idosos, mas o profissional, além de ter que buscar a melhor formação, deve ter muito amor ao próximo, respeitar a vida, o ser humano como um ser único, com necessidades únicas e com direito ao cuidado humanizado”.