Com atividades divididas nas áreas de Puericultura; Pediatria do Comportamento; Reanimação Neonatal; Nutrologia; Trauma; Fala. Linguagem e Aprendizagem e Nefrologia ocorreram ao longo desta quarta-feira (14/05) cursos de qualificação profissional. As aulas foram realizadas na PUCRS.

O coordenador da área de Puericultura, Erico Faustini, falou da importância de discutir com pediatras padrões de atendimento mínimo no primeiro ano de vida.

- O retorno é muito grande, temos pessoas de vários estados do Brasil e interior do Rio Grande do Sul. Todos com foco na área da atenção básica e consultório atendendo crianças basicamente na puericultura e por isso, uma atividade como essa é muito produtiva - disse.

O médico, salientou que hoje o tema que mais exige atenção tem sido a obesidade infantil, fenômeno que pode estar muito relacionado ao trabalho desenvolvido na Puericultura.

- É um processo contínuo que se faz necessário para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. A partir desse processo é importante tentar detectar anormalidades para intervenção precoce - completou.

Um dos objetivos do curso foi também mostrar a ideia de que o atendimento ao Recém Nascido precisa ser feito por um profissional capacitado. A prática diminui de forma considerável a morbidade e mortalidade, especialmente por asfixia perinatal, segundo o coordenador do curso, Marcelo Porto.

- Através do curso são passados normas e padrões preconizadas internacionalmente que se mostraram como a melhor prática. Lamentamos que nem sempre as instituições de saúde estão preparadas para reanimação em Recém Nascido e isso é injustificável. As instituições têm obrigação de estarem preparadas. Estamos em um nível de conhecimento que traz obrigação moral de dar a melhor assistência na sala de parto ao Recém Nascido. Ou se faz bem feito, ou não se faz - alertou.

A programação também abordou a preocupação com a alimentação de gestantes e de bebês. A membro do comitê de nutrologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Elza Daniel de Mello, ressaltou que a má alimentação no primeiro ano de vida do bebê pode fazer uma marcação genética e a partir daí é criada a predisposição para obesidade.

- A carga proteica que está sendo ingerida no primeiro ano de vida é um fator de risco para obesidade infantil. O uso adequado de alimentação e aleitamento materno previne em torno de 17% a obesidade infantil. Por isso os primeiros mil dias são importantes para a criança se manter saudável evitando muitas doenças quando adulto - explicou.

O 7ª Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria ocorre entre os dias 15 a 17 de maio no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre. Como uma das principais atrações na sexta-feira (16/05), o Congresso contará com a conferencista Anna Nowak-Wegrzyn (EUA), que vai abordar o tema sobre a epidemia da alergia. A programação completa pode ser conferida em gauchopediatria.com.br.

Foto: Marcelo Matusiak.