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Pediatras enaltecem novo currículo de residência e importância da valorização profissional
 
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16/05/2014

Pediatras enaltecem novo currículo de residência e importância da valorização profissional

Assuntos foram temas em destaque durante o primeiro dia do VII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria

As ações e propostas para a busca da valorização profissional da pediatria foi um dos temas principais do primeiro dia no VII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria. Em mesa redonda, profissionais das entidades representativas da medicina gaúcha e brasileira falaram sobre a importância da luta por melhores condições de trabalho na saúde pública do País. Uma das iniciativas mais enaltecidas para a qualificação é a passagem da residência médica em pediatria para três anos, ao invés dos dois anos do modelo de ensino anterior.

- O Brasil era o único país que contava com dois anos de residência em pediatria. As sociedades do Cone Sul decidiram implantar o currículo unificado e têm trabalhado forte para isso. Trata-se de um grande avanço, pois vislumbramos uma Sociedade Brasileira de Pediatria que receberá uma grande circulação de profissionais de outros países, e para que isso aconteça, precisamos de profissionais qualificados em todas as entidades - considera o presidente da SBP, Eduardo da Silva Vaz.

O presidente da entidade nacional ressaltou a importância da integração da SBP com o Consórcio Global para Educação Pediátrica (GPEC). A organização reúne sociedades nacionais de países como China, Japão, Alemanha, academias Americana e Europeia, Associação Internacional de Pediatria, dentre outras organizações.

A partir da implantação do novo currículo de residência médica em todo o país (o que deve acontecer até 2016) os residentes serão submetidos a avaliações anuais. Após a conclusão, a intenção é que recebam um certificado do GPEC, que facilitaria a atuação destes profissionais em diversos países estrangeiros. Em 2014, cinco entidades de ensino foram pioneiras na implantação do programa no Brasil: Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Brasília (UnB), Hospital Pequeno Príncipe (Curitiba - PR), Hospital dos Servidores (Rio de Janeiro - RJ) e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Recife - PE).

- Queremos estimular que o Brasil deve estar inserido no mundo. O pediatra precisa ter, dentro dele, uma função muito mais importante que apenas pesar e medir uma criança ou solicitar vacinas. Temos uma função muito mais importante que essa. Precisamos perceber que estamos melhorando a qualidade da assistência dos pequenos, isto é, dar um futuro. Trata-se de formar um cidadão que não vai precisar de esmola de governo nenhum - aponta Eduardo.

A socialização do conhecimento foi um dos temas levantados pela Secretária Geral do Sindicato Médico do RS (Simers), Ana Maria Martins. A entidade sindical ressaltou o papel do Unisimers, que oferece mais de 500 palestras sobre os mais diversos temas da medicina.

- É indispensável gerar conteúdo de qualidade. Tivemos grandes conquistas recentes, como o aumento salarial dos profissionais que atuam em Três de Maio e Cachoeira do Sul e o reajuste do sobreaviso para pediatras de Teutônia, Lajeado, Caçapava do Sul, Crissiumal e Santiago - aponta Ana.

Sobre a falta de pediatras, tema recorrente nas argumentações do Governo Federal e Estadual para explicar a situação do Sistema Único de Saúde (SUS), a representante do sindicato utilizou números para elucidar seu posicionamento.

No Brasil, temos 229 escolas médicas, com 20 mil vagas no primeiro ano. Estas entidades de ensino colocam no mercado 1.131 médicos a cada ano. Não faltam médicos. Falta investimento na saúde. Entendemos que a saúde é um direito humano. Sentimos dor ao atender um paciente no chão dentro de uma emergência médica e não ver uma resolução para isso - enfatiza Martins.

O coordenador da ouvidoria do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Ércio Amaro de Oliveira Filho, ressaltou que o pediatra deve ser ainda mais atuante como indivíduo integrante das entidades representativas de sua profissão.

- O médico deve valorizar ainda mais o que faz, participando da associação médica, do conselho e do sindicato. Se não formos atuantes, é impossível. Se não cuidarmos dos nossos interesses, é muito improvável que outros irão cuidar. Afinal, estamos todos regulados pelo ordenamento jurídico deste País, que é feito muito ao sabor da ocasião, de acordo com os interesses do governo em gestão - critica Ércio.

A mesa redonda de Uro-Nefrologia trouxe temas como infecções do trato urinário, conduta nas alterações pré-natais nefro-urológicas e hematúria e/ou proteinúria. A palestrante, Vandrea Carla de Souza, chamou a atenção para necessidade de identificar pacientes com risco de infecção urinária que são aqueles que têm hidronefrose grave.

- É importante que eles sejam seguidos em longo prazo, mas ao mesmo tempo precisamos evitar investigações desnecessárias em pacientes de baixo risco - orientou.

Durante o primeiro dia do VII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, também foram contemplados assuntos relacionados à importância da nutrição nos primeiros 1.000 dias de vida para a prevenção de doenças, bioética, novidades na neonatologia, como investigar a icterícia e o aumento da infecção pelo HIV no Rio Grande do Sul.

O VII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria é realizado até o dia 17 de maio, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre. Informações adicionais podem ser obtidas pelo site www.gauchopediatria.com.br.


Autor: Rafael Dias Borges e Marcelo Matusiak
Fonte: Play Press
Autor da Foto: Marcelo Matusiak

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