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Congresso Gaúcho de Pediatria qualifica médicos para novos e antigos desafios da medicina
 
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18/05/2014

Congresso Gaúcho de Pediatria qualifica médicos para novos e antigos desafios da medicina

VII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria ocorreu entre dias 15 e 17 de maio no Centro de Eventos da PUCRS

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul encerrou, no último sábado, a 7° edição do Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria. A edição de 2014 do evento contou com mais de 1300 pediatras e agentes de saúde que lidam com crianças. Mais de 25 palestras contemplaram os três dias do encontro de pediatras, que ocorreu no Centro de Eventos da PUCRS.

- O Congresso foi um sucesso. Reunir mais de 1300 pessoas em um evento regional não é simples. Um dos principais pontos positivos é a participação de muitos especialistas de fora do estado. O segredo do sucesso é responder as perguntas que os pediatras querem. Os profissionais saem daqui com respostas diretas, pois as informações que passamos são baseadas na ciência. Quem assistir ao Congresso vai sair melhor e atender melhor o paciente. No final, quem ganha é a criança - destacou Patrícia.

No sábado, os assuntos predominantes foram de comportamento, com aulas demonstrando problemas rotineiros e presentes na vida de todos, como dificuldade das crianças dormirem, relação dos adolescentes com sexualidade e internet. Pela manhã, os temas foram voltados para a pneumologia. O pneumologista pediátrico Paulo José Cauduro Marostica alertou que muitos pais oferecem antialérgicos e antihistamínicos para crianças asmáticas pensando estar tratando a tosse, erroneamente.

- As crianças alérgicas frequentemente apresentam asma e a doença pode se manifestar apenas com tosse. Com isso, as pessoas fizeram a associação de que o antialérgico trataria o problema, o que está muito errado. Esse uso não tem comprovação científica

O pediatra lembra que a tosse é um mecanismo de defesa do corpo. Porém, alguns sintomas devem ser observados para que o tratamento mais adequado seja seguido. Quando a tosse dura mais de 15 dias, ou se a criança apresentar quadro de febre por mais de sete dias e catarro por 15, deve ser investigado por um médico pediatra. É sinal de que algo está fora do normal.

Profissionais de todas as áreas de atuação foram contemplados com informações importantes para o dia a dia dos consultórios. No primeiro dia, o destaque foi o debate sobre a falta de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS). Os argumentos que justificam a situação atual foram divergentes, principalmente quando o assunto é a falta de médicos na saúde pública.

A Secretária Estadual da Saúde, Sandra Fagundes justificou que existe uma falta de médicos dispostos a trabalhar no SUS. Ela ressalta que são criados ambulatórios com recursos do estado e acompanhamento de mais de 3 mil bebês. Porém, existe insuficiência de leitos, mas queremos oferecer a capacidade instalada e existe uma grande falta de pediatras.

Em contrapartida, o Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo da Silva Vaz, enfatizou que as dificuldades enfrentadas pela saúde pública do país não são justificadas por falta de recursos financeiros, mas sim por falta de planejamento em longo prazo, valorização do profissional e qualificação do ambiente de trabalho na saúde dos brasileiros.

O segundo dia do VII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria destacou a qualidade da alimentação no Brasil. Os médicos palestrantes do dia ressaltaram que a preocupação com a nutrição infantil é um problema atual e deve ser pensado com mais seriedade pela sociedade. A pediatra catarinense Maria Marlene de Souza Pires afirmou que a alimentação dos pequenos está desregulada, com redução de consumo de arroz, feijão, frutas e verduras, com o aumento na ingestão de produtos ultraprocessados.

- Eu olho para os alimentos oferecidos para as crianças menores de seis meses e é assustador. Os pequenos ingerem desde macarrão instantâneo até suco artificial. Claro que é mais fácil de preparar, mas essa alimentação é muito ruim para o desenvolvimento dessa criança - afirmou Maria Marlene de Souza Pires.

Dados apresentados pela pediatra mostram o aumento do leite de vaca na dieta das crianças, substituindo o leite materno. Levantamento das capitais brasileiras destacam média de aleitamento materno durante os dois primeiros anos de vida do bebê, enquanto o correto deveria ser chegar aos dois anos de idade.

O VII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria é realizado pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. A edição de 2015 do evento será em junho, com data ainda não confirmada. Outras informações podem ser obtidas através do site www.sprs.com.br.

Foto: Mariana da Rosa.


Autor: Mariana da Rosa
Fonte: Play Press

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