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Enxaqueca pode diminuir o risco do câncer de mama
 
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19/08/2009

Enxaqueca pode diminuir o risco do câncer de mama

Pesquisadores reportam que mulheres com história de enxaqueca apresentam um risco reduzido em 26% para o câncer de mama

Pesquisadores reportam que mulheres com história de enxaqueca apresentam um risco reduzido em 26% para o câncer de mama. A equipe é a primeira a explorar a ligação entre a cefaléia e o risco para câncer de mama, e estes últimos resultados confirmam seus estudos prévios, que sugeriam uma associação entre as duas doenças mediadas por hormônios. Ambos os estudos aparecem em Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention.

“Este estudo é muito maior do que nosso primeiro”, o pesquisador-chefe Christopher Li, médico, do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, Washington, afirmou em uma entrevista. “Observamos mais de 4.500 casos e outros 4.500 controles. Dispomos de um poder estatístico muito maior e descobrimos que esses resultados foram bem consistentes”.

A Medscape Neurology publicou os resultados iniciais em novembro. Na época, a equipe do Dr. Li tinha avaliado 3.400 mulheres na pós-menopausa. Neste novo estudo, os pesquisadores avaliaram mais pacientes, mas também incluíram mulheres nesta condição.

“Ficamos felizes em observar que fomos capazes de replicar os resultados e estamos encorajados por isso”, afirmou o Dr. Li. O grupo observou uma redução similar do risco para o câncer de mama neste estudo maior.

Resultados confirmados

As participantes do estudo eram oriundas do Women's Contraceptive and Reproductive Experiences Study, um ensaio de caso-controle com base populacional. As mulheres apresentavam idades entre 35 e 64 anos tinham sido diagnosticadas com câncer de mama invasivo.

Os pesquisadores obtiveram a história de enxaqueca de entrevistas presenciais estruturadas e concluíram que mulheres com uma história de enxaqueca apresentavam um risco menor para o câncer de mama (odds ratio, 0,74; IC de 95%, 0,66 – 0,82).

O risco não diferiu pelo estado de menopausa, idade ao diagnóstico de enxaqueca, ou uso de medicações prescritas. O risco foi igual, mesmo quando os pesquisadores restringiram a análise a mulheres que evitaram vários fatores desencadeadores da enxaqueca como álcool, hormônios exógenos e cigarro.

Mas, o grupo alerta que também é possível que as medicações utilizadas no tratamento ou na prevenção da enxaqueca, ao invés da ocorrência dela, podem ser responsáveis pelas reduções no risco.

Vários estudos de medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) evidenciaram que seu uso está associado a um risco reduzido para o câncer de mama – especialmente os tumores positivos para os receptores hormonais, observam os pesquisadores.

O Dr. Li afirmou que embora isso possa explicar parte da ligação, é improvável que seja o único fator. Uma meta-análise recente de estudos do uso de AINEs e o risco de câncer de mama observou apenas uma redução de 12% no risco para as mulheres que utilizavam um AINE.

A explicação biológica atrás deste risco mais baixo é desconhecida, mas os pesquisadores suspeitam que tenha a ver com flutuações nos níveis de hormônios circulantes.

Flutuações nos hormônios circulantes

Em um recente encontro da European Neurological Society em Milão, Itália, os apresentadores apontaram para uma maior possibilidade de fatores de risco vasculares em pacientes com enxaqueca.

O apresentador Hans-Christoph Diener, médico, da University of Essen, na Alemanha, encorajou os neurologistas a testarem também os pacientes com cefaleia para fatores de risco cardiovasculares.

O Dr. Diener apontou para uma evidência sugerindo que mulheres que referem enxaqueca com aura estão sob risco particular. “Nós precisamos evitar o infarto miocárdico ou o acidente vascular encefálico em pessoas portadoras de enxaqueca com aura”, disse ele.

A discussão dirigiu-se para fatores hormonais quando o moderador da sessão Jean Schoenen, médico, da University of Liège, na Bélgica, pediu mais informações acerca do risco de contraceptivos orais em pacientes com enxaqueca.

“Se um paciente sofre de enxaqueca com aura, toma um comprimido, e fuma, deve ser alvo de preocupações”, afirmou o Dr. Diener. Ele enfatizou que todos os pacientes devem ser encorajados a pararem de fumar.

O Dr. Li contou à Medscape Neurology que sua equipe não dispôs de dados suficientemente detalhados para avaliar o tipo de enxaqueca, mas que está contatando as mulheres do estudo para responder a tais questões. Os pesquisadores estão planejando um novo estudo para avaliar o risco para o câncer de mama em pacientes que sofrem de enxaqueca com aura para ver se eles apresentam um risco similar.

Os pesquisadores não divulgaram quaisquer relações financeiras relevantes.

 


Autor: Allison Gandey
Fonte: MedCenter MedScape

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