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Morre em São Paulo paciente que fez transplante múltiplo de órgãos no HC
 
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29/05/2014

Morre em São Paulo paciente que fez transplante múltiplo de órgãos no HC

Cirurgia foi a primeira a ser feita pela rede pública de saúde e durou 12 horas

Morreu nesta terça-feira (27), no Hospital das Clínicas de São Paulo, o primeiro paciente do Brasil a fazer um transplante múltiplo de órgãos na rede pública de saúde. O óbito de José Cícero Lira da Silva, de 33 anos, foi registrado no início da tarde.

De acordo com a assessoria de imprensa do HC, ele foi vítima de "falências orgânicas associadas a eventos hemorrágicos" registrados após a operação.
A cirurgia ocorreu no dia 22 de maio e teve duração de 12 horas. Foram transplantados cinco órgãos do aparelho digestivo: fígado, intestino (delgado e grosso), pâncreas, baço e estômago. O paciente permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o fim da cirurgia, em estado grave.

Cícero, que veio de Maceió para São Paulo, tinha problemas no aparelho digestivo há dois anos. Quando foi diagnosticado um tumor neuroendócrino de baixa atividade, ele já estava muito grande e tinha invadido vários órgãos do sistema digestivo.

Encaminhado ao HC há cerca de sete meses, se candidatou à cirurgia multivisceral, já que, segundo especialistas que fizeram o procedimento, ele não tinha mais condições cirúrgicas.

A cirurgia, que envolveu 23 profissionais, integra um protocolo de pesquisa que prevê a realização de dez procedimentos do tipo no hospital, financiados pelo Ministério da Saúde.

Pioneiro

Foi a primeira vez que essa cirurgia foi feita por uma instituição pública no país. Em 2012, o Hospital Israelita Albert Einstein já havia realizado esta operação, em parceria com o Ministério da Saúde.

Atualmente, o transplante multivisceral não está previsto nos protocolos que regulamentam os transplantes no país, mas o Ministério da Saúde está avaliando a possibilidade de incluí-lo.

Ele consiste na substituição, de uma só vez, do estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado. Os órgãos são retirados em bloco, de um único doador, e transplantados para o paciente em uma única cirurgia. A cirurgia tem várias indicações.

Crianças que nascem com torções no intestino devido a falhas genéticas ou defeitos congênitos podem ser candidatas ao procedimento. Assim como pacientes que se submetem a cirurgias recorrentes devido a doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn.

A indicação ainda pode ocorrer por tumores com metástase ou por entupimento de veias abdominais. Entre 400 a 600 brasileiros poderiam ser beneficiados com o procedimento.


Autor: Redação
Fonte: G1 - Ciência e Saúde

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