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Copa 2014: maioria das lesões não acontece em divididas
 
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03/06/2014

Copa 2014: maioria das lesões não acontece em divididas

Estudo pontua que 71% das lesões na Copa do Mundo de 1994 aconteceram em lances não assinalados como falta

Desde que a seleção brasileira se apresentou na Granja Comary para se preparar para a Copa, o técnico Felipão tem feito questão de assinalar que não há nenhum jogador lesionado e que todos têm boas condições físicas. Mas, em outras equipes que vêm disputar a taça aqui no Brasil a partir do dia 12 de junho, a história é outra.

Uma das principais ausências será o italiano Ricardo Montolivo, que fraturou a tíbia em um amistoso contra a Irlanda. O zagueiro Jerry Akaminko também não vira para o Mundial e desfalca o elenco de Gana devido a problemas no tornozelo, enquanto Luis Montes não se apresenta com o Equador depois de sentir a perna em uma jogada dividida. No time da Costa Rica uma lesão do metatarso tira Alvaro Saborio de campo, principal estrela do país.

Segundo Daniel Ramallo, cirurgião ortopedista e traumatologista, um jogador de futebol faz um movimento inesperado a cada seis segundos, por isso, nem todas as lesões são fruto de uma entrada violenta ou bola dividida, mas também do uso excessivo do corpo e da dinâmica do próprio esporte. "Articulações e músculos foram feitos para mexer, mas o ser humano ultrapassa os limites de movimentação do seu corpo e aí ocorrem as lesões. O movimento não precisa ser brusco para machucar", explica. Segundo um estudo inglês publicado no British Journal of Sports Medicine, 71% das lesões contabilizadas na Copa do Mundo de 1994 aconteceram em lances não assinalados como falta.

Uma pesquisa nacional feita pela Unifesp, que analisou prontuários médicos de oito times profissionais, concluiu que, do total de jogadores machucados, apenas 24,1% se contundiram devido a choque em campo, enquanto 39,2% sofreram lesões musculares, 17,9% torções e 13,4 tendinites. Além disso, constaram que 72,2% das lesões acontecem nos membros inferiores: coxa (34,5%), tornozelo (17,6%) e joelho (11,8%).

Com o início da competição tão perto, as chances de recuperação parecem cada vez menores, segundo o especialista, por isso, a importância do acompanhamento médico regular. "Estamos diante do maior torneio de futebol do mundo e aspectos como ansiedade, pressão e exigência física altíssima interferem diretamente na recuperação", afirma. E completa: "a reabilitação de um atleta abrange a cura da lesão e deve ser levado em consideração ritmo de jogo, capacidade aeróbia e anaeróbia, e aspecto psicológico e entrosamento na equipe". Segundo o cirurgião, os jogadores de futebol têm alguns pontos fracos em relação a fraturas, o que deve redobrar a atenção em situações recorrentes.

Confira algumas delas:

Canela: fratura na tíbia é umas das mais comuns em campo, por isso a importância da obrigatoriedade da caneleira.

Tornozelo: o movimento muito rápido é maior do que a capacidade de reação dos estabilizadores dessa região. "É um movimento articular superior ao que a articulação pode suportar", afirma.

Joelho: na mesma linha, os exageros nos movimentos de rotação são os responsáveis por estas lesões, que geralmente são repetidos rompimentos dos ligamentos.

Fratura por estresse: o excesso de repetição, o sobrepeso e a intensidade dos exercícios representam uma sobrecarga maior do que o tecido pode aguentar.

Rosto: o osso zigomático, que fica embaixo do olho e vai até a mandíbula, pode ser fraturado quando os jogadores se acotovelam na tentativa de proteger o rosto com o braço.

Púbis: a tensão excessiva da musculatora na região é a principal causa. "É a famosa pubalgia", explica.


Autor: Redação
Fonte: Terra - Saúde
Autor da Foto: Reuters

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