Os cuidados preventivos para adultos com diabetes melhoraram substancialmente nas últimas décadas. Um recente estudo avaliou as tendências na incidência de complicações relacionadas com a diabetes nos Estados Unidos de 1990 a 2010.
Foram utilizados dados do “National Health Interview Survey”, o “National Hospital Discharge Survey”, o “U.S. Renal Data System” e o “U.S. National Vital Statistics System” para comparar a incidência de amputação dos membros inferiores, doença renal em estágio terminal, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte por crise hiperglicêmica entre 1990 e 2010.
As taxas de todas as cinco complicações diminuíram entre 1990 e 2010, com as maiores quedas relativas no infarto agudo do miocárdio e morte por crise hiperglicêmica (aumento da taxa de glicose no sangue), seguido por acidente vascular cerebral e amputações; a menor queda foi na doença renal terminal.
A maior queda absoluta foi no número de casos de infarto agudo do miocárdio (95,6 menos casos por 10.000 pessoas), e o menor declínio absoluto foi no número de mortes por crise hiperglicêmica (-2,7). Reduções dessas complicações foram maiores entre os adultos com diabetes do que entre os adultos sem diabetes, levando a uma redução do risco relativo de complicações associadas com diabetes. Quando expressas como taxas para a população em geral, em que uma mudança na prevalência também afeta as taxas de complicação, houve um declínio nas taxas de infarto agudo do miocárdio e morte por crise hiperglicêmica, mas não nas taxas de amputação, acidente vascular cerebral ou doença renal em estágio final.
Portanto, as taxas de complicações relacionadas com a diabetes têm diminuído substancialmente nas últimas duas décadas, mas uma grande carga de doença persiste por causa do aumento contínuo da sua prevalência.