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Cardiologistas alertam que notícias falsas na internet podem resultar em mortes a longo prazo
 
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30/06/2014

Cardiologistas alertam que notícias falsas na internet podem resultar em mortes a longo prazo

Manifestação da Sociedade Brasileira de Cardiologia vem em resposta a um vídeo divulgado nos últimos dias no You Tube

A Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC - lançou um alerta sobre notícias sem embasamento científico que estão circulando na Internet, segundo as quais o alto índice de colesterol não seria fator de risco para o infarto. “Esse tipo de notícia pode levar o público a baixar a guarda contra o maior fator de risco para o infarto e um dos mais importantes para os acidentes vasculares cerebrais. Juntas, estas doenças respondem por cerca de 2/3 das mais de 350 mil mortes cardiovasculares que ocorrem no Brasil a cada ano”, disse o presidente do Departamento de Aterosclerose da SBC, José Rocha Faria. E o infarto é causado por placas de gordura que bloqueiam uma coronária “e cujo principal componente é o colesterol”.

A SBC, que congrega 14 mil cardiologistas brasileiros, lembra que após mais de duas décadas de intensa divulgação dos fatores de risco cardiovasculares, começa a colher os primeiros resultados. “O número de mortes por infarto começou a baixar no sul e sudeste, mas ainda cresce no norte e nordeste”, diz o especialista. Justamente para dar aos médicos a informação precisa do que fazer em relação ao colesterol, o Departamento divulgou recentemente a ‘V Diretriz Brasileira para Tratamento das Dislipidemias (colesterol fora do nível recomendado) e Prevenção da Aterosclerose”.

A nova Diretriz recomenda não apenas o acompanhamento do nível de colesterol, mas de suas frações, especialmente do chamado ‘colesterol ruim’, o LDL, cujo índice ótimo é abaixo de 100 mg/dl.

A manifestação da SBC vem em resposta a um vídeo muito divulgado nos últimos dias no You Tube, onde um cardiologista que não é filiado à SBC dá a entender que a valorização do nível de colesterol para prevenir o infarto é decorrência de uma campanha do ‘medicamento mais vendido na história’, uma estatina recomendada para baixar o colesterol. A SBC diz que esta afirmação é mentirosa, e as demais afirmações do vídeo também não honram a verdade. Um exemplo é a afirmação de que os japoneses e os esquimós, que comeriam muita gordura saturada, nem por isso costumam ter infarto, o que não é verdade, no Japão a base da alimentação é o arroz, carboidrato, portanto, enquanto o LDL médio dos esquimós é abaixo de 70.

A SBC insiste também que a base de toda a prevenção cardiovascular é com a adoção de estilo de vida saudável, com dieta adequada, prática corriqueira de atividade física, cessação de tabagismo e manutenção de peso corpóreo adequado. A opção medicamentosa para controlar o colesterol é feita em casos específicos, enquanto a recomendação básica é que se evite o alto nível de colesterol com boa alimentação. Entretanto, nos pacientes de maior risco cardiovascular, em especial aqueles que já tiveram manifestação de entupimento das artérias ou com múltiplos fatores de risco, a redução do LDL com o uso de estatinas está claramente associada a redução do risco de morte súbita, infarto e derrame. Essa tese, há muito esposada pelos especialistas e insiste em criticar artigos sem base científica, como no passado o suco de berinjela ou a ingestão de água oxigenada, que hoje fazem parte do folclore, mas que causaram prejuízo à saúde de muita gente.

Finalmente, a SBC recomenda que, para esclarecer suas dúvidas, os pacientes consultem seus cardiologistas e acessem o site da instituição, www.cardiol.br, que é o endereço eletrônico mais procurado e premiado na América Latina entre os muitos que divulgam as recomendações para se manter um coração saudável. 


Autor: Redação
Fonte: DOC Press Comunicação

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