Pesquisadores indianos reportam no Clinical Infectious Diseases que a vacina candidata 116E contra o rotavírus, uma forma de imunização neonatal oral composta por vírus vivos atenuados, mostrou bons resultados em ensaios iniciais.
A Dra. Nita Bhandari da Society for Applied Studies, em Nova Deli, e colaboradores reportam que na Índia cerca de 122.000 crianças morrem da doença anualmente. As vacinas atuais são caras e sua eficácia em países asiáticos de baixa renda ainda não foi demonstrada.
Contudo, a 116E adaptada ao cultivo de células VERO, desenvolvida com o apoio técnico dos Estados Unidos, pode ajudar a corrigir essas deficiências, eles apontam.
A Dra. Bhandari e colaboradores conduziram um ensaio duplo-cego com 369 recém-nascidos, randomizados a receber, em intervalos de 4 semanas, um total de 3 doses de 10.000 ou 100.000 unidades formadoras de focos de vacina ou placebo.
Após a primeira administração, 66,7% do grupo de baixas doses e 64,5% do grupo de altas doses evidenciaram um aumento de quatro vezes nos títulos de imunoglobulina A contra o rotavírus. Após 3 administrações, as proporções correspondentes foram de 62,1% e 89,7%.
Não houve diferenças significativas nos eventos adversos clínicos ou na toxicidade laboratorial entre os indivíduos que receberam vacina ou placebo.
“A vacina”, a Dra. Bhandari contou à Reuters Health, “mostra grande promessa e se a eficácia clínica for confirmada nos ensaios de fase III que estão prestes a começar, esta pode ser uma vacina importante e acessível para os países em desenvolvimento”.