Os números são alarmantes: 14,6% dos gaúchos nunca realizaram o exame de acompanhamento do nível de colesterol, um dos instrumentos fundamentais para monitorar problemas nesse sentido, o que representa mais de 1,5 milhão de pessoas. O alerta é da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (SOCERGS), que aproveita o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, na próxima sexta-feira, 8 de agosto, para chamar a atenção para um dos principais fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas. Dos 83,3% de gaúchos que já fizeram o exame, 56,8% foi há mais de seis meses e 31% entre um e seis meses. No Brasil, mais de 40% das pessoas têm colesterol acima dos padrões e, segundo estudo do sistema VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), 16% dos adultos relatam níveis elevados de gorduras no sangue.
Conforme a presidente da SOCERGS, Carisi Polanczyk, o colesterol contribui com a formação e proteção de algumas células e hormônios, além de auxiliar na produção de vitamina D e da bile. Ela ressalta que o colesterol que precisamos é praticamente produzido pelo organismo, mas também é adquirido pela alimentação, principalmente com o consumo de alimentos de origem animal, ricos em gordura saturada ou trans.
Existem dois tipos de colesterol. O HDL, popularmente conhecido como “bom”, e o LDL, caracterizado como “ruim”. O primeiro retira o colesterol da circulação e previne as placas de gordura, enquanto o segundo é o agente responsável pela formação efetiva dessas placas, que atrapalham a passagem do sangue nos vasos sanguíneos e, consequentemente, pode causar problemas cardiovasculares. Entretanto, os níveis de colesterol só podem ser identificados através de exames de sangue.
Entre os problemas para o coração, impulsionados pelo colesterol, está a formação de placas de gordura (aterosclerose) nas artérias do coração, que compromete a circulação e leva ao endurecimento dos vasos. Este processo pode, usualmente, acometer múltiplos vasos, como do cérebro, rins e pernas. O tratamento consiste em medidas voltadas para hábitos saudáveis. “Em alguns casos, com níveis elevados e alto risco para desenvolvimento de aterosclerose, é recomendado o uso de medicamentos para reduzir o colesterol ruim, diminuindo as chances de problemas como infarto do miocárdio e cerebral”, explica Carisi.
A prevenção, diz a cardiologista, é o primeiro passo para evitar níveis prejudiciais de colesterol. “É fundamental praticar exercícios físicos regularmente, ter uma alimentação saudável, consumindo frutas, legumes e verduras, evitar frituras, além de consultar um médico periodicamente”, acrescenta.
Campanha:
De 26 de julho a 08 de agosto é possível visualizar, em Porto Alegre, campanha publicitária, alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Colesterol, promovida pela SOCERGS. São 18 Backbuzz em ônibus da Carris, que percorrem a chamada “rota da saúde”, passando por mais de 12 centros de atendimento e hospitais. A ação contempla ainda outdoor e bancas de revistas, espalhados pela Capital. A arte é composta por um coração, que ilustra, no seu topo, alimentos saudáveis e na base, alimentos que aumentam o nível de colesterol. A peça alerta ainda para a importância da prevenção. A criação é da Emotive Comunicação, coordenada pela Uffizi Consultoria em Comunicação.
