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Meta de mortalidade infantil será atingida em 2026
 
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17/09/2014

Meta de mortalidade infantil será atingida em 2026

Cerca de 17 mil crianças abaixo de cinco anos morrem todos os dias no mundo

Apesar de ter caído pela metade nas últimas duas décadas, a taxa de mortalidade infantil no mundo não atingirá a meta estipulada pela ONU, que só deve ser alcançada em 2026, com "um atraso de 11 anos", informou nesta terça-feira um relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

O intuito era reduzir a mortalidade infantil em dois terços até o fim de 2015, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos em 2000.

Atualmente, 17 mil crianças abaixo dos cinco anos morrem todos os dias no mundo. O número é o mais recente anunciado pela Unicef e foi considerado "chocante" pela organização.

De acordo com a Unicef, as causas para as mortes são, na maioria das vezes, "evitáveis". A maior parte dos óbitos acontece nas primeiras horas após o nascimento. Em 2013, 1 milhão de bebês morreram antes de completar um dia de vida.

Diante do cenário atual, a organização fez um apelo para que medidas urgentes sejam tomadas para combater a mortalidade infantil no mundo.

Soluções

A África subsaariana ainda é a região que possui a maior taxa de mortalidade infantil, com 92 mortes de crianças a cada mil nascimentos, uma proporção 15 vezes maior do que a dos países desenvolvidos.

O Malauí, porém, destoa do restante da região devido às medidas bem-sucedidas para combater o problema. Apesar da pobreza extrema, o país já conseguiu atingir a meta da Unicef com uma queda de 72% da mortalidade infantil.

Segundo Mahimbo Mdoe, chefe da Unicef no Malauí, uma das chaves para o sucesso no combate à mortalidade infantil no país foi a criação de uma rede de profissionais de saúde com competências básicas, que viviam e trabalhavam na comunidade.

Ações simples, como o treinamento de pessoas para desempenhar funções de "Assistentes de Vigilância de Saúde", promovido pela própria entidade, ajudaram a resolver a reduzir o número de óbitos de crianças.

Esses assistentes são responsáveis por serviços como imunização, dão conselhos de saúde para mães, fazem tratamento para doenças como pneumonia, diarreia e malária, entre outras coisas, segundo Mdoe.

"As medidas variam desde ensinar a colocar uma rede na janela do quarto das crianças para protegê-las do mosquito da malária a incentivar as mães a amamentar o bebê para aumentar a imunidade deles e ajudá-los a crescer."

"Essas são ações que têm um impacto muito grande e um excelente custo-benefício", disse.

Apesar dos avanços, porém, o Malauí ainda enfrenta inúmeros desafios sociais, incluindo subnutrição, Aids e a pobreza extrema.

Neonatal

No relatório divulgado com os números mais recentes da mortalidade infantil, a Unicef alerta para que os países deem total prioridade a "salvar vidas nas primeiras quatro semanas de um bebê".

De acordo com o documento, começar a amamentação logo na primeira hora após o nascimento reduz o risco de morte no período neonatal em 44%. Menos da metade dos bebês recém-nascidos no mundo todo recebe esse tipo de tratamento.

A Unicef diz que o acesso ao cuidado pós-natal é "absurdamente baixo" em muitos países da África Subsaariana e do sul da Ásia.

Muitos desses problemas são evidentes no Malauí, que possui a maior taxa mundial de nascimentos prematuros, em parte devido a fatores como a infecção pelo HIV, a malária e a desnutrição.

Para combater a mortalidade infantil, um hospital do país está promovendo o uso do "método canguru" para tratar as crianças recém-nascidas – basicamente, o método consiste em embalar os bebês em contato com a pele da mãe logo nas primeiras horas de vida.

Segundo a Unicef, atitudes simples como essa reduziram o risco de infecção hospitalar e hipotermia nos bebês, além de incentivá-los à amamentação.


Autor: Redação
Fonte: BBC Brasil
Autor da Foto: Fergus Walsh

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