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Capital tem maior queda de mortes por Aids em dez anos
 
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03/10/2014

Capital tem maior queda de mortes por Aids em dez anos

Teste rápido é um dos serviços gratuitos oferecidos pela Secretaria de Saúde

Os índices de óbitos por Aids no Sistema de Informação de Mortalidade de Porto Alegre (registrados pela Equipe de Eventos Vitais da Vigilância em Saúde) apontam tendência contínua de queda. Os dados parciais de 2013 indicam o menor patamar dos últimos dez anos. Em 2004, foi registrado o pico: 37,94 por 100 mil habitantes. Em 2013, o índice foi para 28,09, demonstrando a tendência de queda das taxas de mortalidade na capital gaúcha.

“Além do trabalho incansável das unidades de saúde do município, foi fundamental a criação em Porto Alegre do Comitê de Mortalidade por AIDS. Ele trouxe uma dinâmica mais intensa na aproximação dos pacientes com os serviços de saúde”, salienta o secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli.

O Comitê, pioneiro no Brasil, foi criado em 2011 e transformado em lei municipal (Lei 11.425 de 22.04.2013) e tem como objetivo principal analisar todos os casos de óbitos por AIDS na capital, discutindo as circunstâncias de cada situação. Com base nestas investigações, propõe medidas para redução das mortes e planos mais efetivos de prevenção. O Comitê reúne mensalmente representantes das áreas técnicas e unidades de saúde da SMS, hospitais, ambulatórios de assistência HIV/AIDS, Vigilância em Saúde, o Departamento de Saúde Prisional da Susepe e as ONGs ligadas a luta contra à AIDS. Além das causas clínicas, as discussões consideram todas as determinantes sociais, econômicas e culturais que pesam em cada morte por Aids na capital gaúcha.

Tolerância Zero no combate à AIDS - Porto Alegre foi também a primeira capital do país a oferecer regularmente nas unidades de saúde testes rápidos para detectar a presença do vírus. “O resultado fica pronto em 15 minutos. Se é constatado que uma gestante tem o HIV, é possível proteger o bebê e garantir uma qualidade de vida melhor para a mãe”, diz o coordenador da Área Técnica DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Gerson Winkler.

Ele ressalta que o Comitê estabeleceu um principio de Tolerância Zero para mortalidade por AIDS em Porto Alegre. "É inconcebível que tenhamos altas taxas de mortalidade em nossa cidade quando dispomos de medicamentos e tratamento de ponta à disposição da população na rede de saúde”, salienta Winkler. O coordenador lobserva ainda que é preciso continuar trabalhando forte na prevenção e detecção dos casos. Estudos mostram que 40% da mortalidade por AIDS é resultado da demora em descobrir a doença. Portadores do vírus que custam a iniciar o tratamento tem risco de morte 49 vezes maior.

Rede de saúde pública em alerta constante - O monitoramento dos soropositivos em Porto Alegre começa com as informações do laboratório de análises clínicas do município, que informa às unidades de saúde e ao Comitê a lista de portadores com índice CD 4 (capacidade imunológica da pessoa) menor que 200, o que aponta alto risco de exposição a doenças. Estas pessoas são imediatamente procuradas pelos agentes comunitários e levadas para tratamento preventivo. “Estas ações são determinantes para proteger os soropositivos contra doenças oportunistas que podem levar à morte”, ressalta Winkler.

Além destas ações, a Secretaria Municipal de Saúde tem investido em campanhas de conscientização que buscam permanentemente esclarecer a população sobre medidas preventivas, discutindo os comportamentos de risco e estimulando o uso de preservativos masculinos e femininos. São oferecidos gratuitamente nas unidades de saúde e disponibilizados também sem custo para instituições e empresas que solicitam estoques à SMS. Além disso, dois grandes “dispensers” (equipamentos onde a pessoa retira de graça os preservativos) circulam pela cidade, com milhares de camisinhas em cada um. Atualmente, estão posicionados na “Esquina Democrática”, no centro de Porto Alegre.

“Estamos trabalhando intensamente para tirar Porto Alegre do ranking das capitais com maior incidência de AIDS. Os números apontam que estamos no caminho certo”, comemora o secretário Casartelli.


Autor: Ricardo Azeredo
Fonte: PMPA
Autor da Foto: Caren Mello

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