O coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), cobrou do governo federal um maior monitoramento das fronteiras brasileiras para evitar a entrada do vírus ebola no País. "Na questão de diagnóstico, de controle, eu confio nos técnicos do Ministério da Saúde. Mas as fronteiras vão continuar abertas, completamente abertas, irresponsavelmente abertas", criticou.

Ontem, ficou pronto o primeiro exame para diagnóstico do paciente suspeito de infecção pelo ebola. O resultado foi negativo.

O africano Souleymane Bah, de 47 anos, que chegou ao Brasil no dia 19 de setembro, está internado no Rio de Janeiro na Fundação Oswaldo Cruz, referência no País em doenças infecciosas.

O Ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou no último sábado (10) que o Brasil seguiu todos os protocolos internacionais de identificação de casos suspeitos da doença. "Nós temos a situação sob controle. Todos os procedimentos realizados foram feitos num tempo resposta extremamente adequado e em cumprimento a todos os preceitos e todos os requisitos a todas ações previstas no nosso protocolo.”

O africano está isolado e ainda aguarda o resultado do segundo exame para confirmar o resultado negativo.

Contágio

A infecção do ebola ocorre por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais ou secreções de pessoas infectadas. Ela também pode ocorrer se a pele ou membranas mucosas de uma pessoa saudável entrar em contato com objetos contaminados com fluidos infecciosos de um paciente com ebola, como roupa suja, roupa de cama ou agulhas usadas. O vírus não é transmitido pelo ar.