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Dilemas éticos desafiam pediatras no tratamento de pacientes
 
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15/10/2014

Dilemas éticos desafiam pediatras no tratamento de pacientes

Abordagens são diferenciadas em cada caso e exigem conhecimento dos médicos para lidarem com situações inesperadas

Lidar com o risco de perda de uma vida, pais ansiosos e extremamente preocupados ou pacientes adolescentes que possuem características próprias da idade são alguns dos desafios que médicos pediatras enfrentam no seu dia-a-dia.

Implantado com mais representatividade no exterior, o Brasil ainda dá os primeiros passos na área de Cuidados Paliativos, dedicados aos pacientes e suas famílias, com o objetivo de promover a melhor qualidade de vida possível, independentemente das possibilidades de cura. A presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, especialista em Cuidados Paliativos, Patrícia Miranda do Lago, comenta que o trabalho consiste em uma abordagem ampla que promove, em última análise, a melhora na qualidade de vida do paciente, mas engloba também a família. São levados em conta não é só sintomas físicos, mas sociais, culturais e psicosociais.

- Usamos a terapêutica, mas infelizmente existem situações irreversíveis e para esse tipo de paciente é preciso um enfoque especial. Experiências internacionais mostram que o Cuidado Paliativo deve ser oferecido ao paciente com risco de vida desde o momento que ele é internado no hospital. A qualidade da comunicação é importante e se tornam ainda mais fundamentais na medida em que a chance de sobrevida vai diminuindo - afirmou Patrícia.

A médica atua como pediatra intensivista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre desde 1997 e no Programa de Cuidados Paliativos deste hospital desde 2012. Um estudo recente, aplicado de forma qualitativa na Instituição, mostrou que pais em sua maioria relataram dificuldade do não entendimento da causa da morte dos filhos. Dados internacionais, apontados pelo "The Economist" mostraram um quadro preocupante para o Brasil, tendo sido considerado o 3º pior país do mundo para morrer.

A prática dos Cuidados Paliativos é usada em pacientes com câncer, intensivos de longo prazo, doenças progressivas e doenças severas com extrema vulnerabilidade. Entre as ações comuns estão: controlar a dor e sintomas; garantir nutrição; apoiar a desospitalização; valorizar a vida e garantir uma morte digna e acompanhar os familiares, quando o falecimento é inevitável.

A preocupação com o atendimento ao adolescente também desperta a atenção dos profissionais da saúde. A mestre em pediatria, especialista em medicina de adolescente pela Sociedade Brasileira de Pediatria, Lilian Day Hagel, alerta para conscientização de que cada paciente evolui em um ritmo diferente.

- Muitas vezes vemos corpos de adultos com cabeças que variam conforme a maturidade e isso está sempre sujeito à condição de stress que o paciente vive. A abordagem do adolescente exige interesse, tempo, respeito, disponibilidade afetiva, conhecimento técnico ou legal, sigilo, confidencialidade e visão global - explica a médica.

Os critérios para definição da faixa etária são diversos. Segundo a Organização Mundial da Saúde a adolescência é o período compreendido entre os 10 e 20 anos. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) adota o período de 12 a 18 anos. O Código Civil determina maioridade aos 18 anos. 


Autor: Marcelo Matusiak
Fonte: Play Press

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