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Amamentação no seio pode reduzir risco de câncer de mama
 
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27/08/2009

Amamentação no seio pode reduzir risco de câncer de mama

Mulheres com história familiar de câncer de mama que já amamentaram no seio alguma vez reduziram seus riscos de desenvolver esta neoplasia previamente à menopausa em, aproximadamente, 60%

Mulheres com história familiar de câncer de mama que já amamentaram no seio alguma vez reduziram seus riscos de desenvolver esta neoplasia previamente à menopausa em, aproximadamente, 60%, de acordo com um novo estudo.

“Para mulheres com uma história familiar positiva para este câncer, isto sugere um benefício extra do aleitamento materno, uma vez que ele pode reduzir o risco da doença”, declara Alison Stuebe, médica, professora adjunta de obstetrícia e ginecologia na University of North Carolina, em Chapel Hill, e a autora principal do estudo, que foi publicado na revista Archives of Internal Medicine.

Enquanto trabalhos anteriores tenham também sugerido uma ligação entre o aleitamento materno e a redução do risco de câncer de mama, os resultados têm sido confusos, segundo Stuebe. Estudos em que mulheres que já apresentam esta neoplasia são questionadas quanto às suas histórias de amamentação podem ser prejudicados por “vieses de memória”, diz ela.

“Nosso objetivo foi coletar informações prévias ao diagnóstico e acompanhar as mulheres”, declarou Stuebe ao WebMD.

A autora e seus colaboradores obtiveram dados sobre 60.075 mulheres que eram participantes do estudo denominado Nurses' Health Study II, de 1997 a 2005, e que haviam dado à luz.

As mulheres responderam perguntas demográficas e sobre medidas corporais e estilos de vida, a cada dois anos, e descreveram suas práticas de amamentação ao seio. Elas foram questionadas sobre história familiar de câncer de mama e se já haviam sido diagnosticadas com neoplasia invasiva de mama.

Ao final do acompanhamento, em junho de 2005, a equipe de Stuebe encontrou 608 casos de câncer de mama invasivo prévios à menopausa, com 99% destes sendo verificados através de registros médicos. A idade média das mulheres à época do diagnóstico foi de 46 anos.

“No total, em todo o grupo de mulheres que estudamos, as que haviam amamentado ao seio apresentavam probabilidade 25% menor de desenvolver câncer de mama anteriormente à menopausa do que aquelas que nunca haviam amamentado”, diz Stuebe, que conduziu a pesquisa no Brigham and Women's Hospital e na Harvard Medical School, em Boston.

História familiar de câncer de mama

Quando os pesquisadores analisaram separadamente as mulheres com e sem história familiar de câncer de mama (mãe, irmã ou avó), eles observaram que “quase todo o efeito poderia ser causado pelas que apresentam história familiar positiva”, declarou ela ao WebMD.

Entre aquelas com casos da doença na família, as que haviam amamentado apresentavam um risco 59% menor de câncer de mama pré-menopáusico, em comparação com as que nunca amamentaram. O aleitamento materno não precisou ser exclusivo, sem uso de fórmulas lácteas.

A fim de compreender melhor a diferença da redução do risco absoluto e da redução naquelas com história familiar, Stuebe oferece esta analogia: Suponha que o Los Angeles Lakers e um grupo de crianças de cinco anos de idade participassem de uma competição de lance livre. No total, o grupo total pode ter conseguido acertar, digamos, 60% dos lances livres. Mas quando você analisa separadamente os lances acertados pelas estrelas do basquete, em comparação com os conseguidos pelas crianças, os resultados serão, indubitavelmente, conduzidos pelos jogadores do Lakers.

A redução do risco para mulheres com história familiar de câncer de mama que amamentaram ao seio, de acordo com Stuebe, é comparável àquela encontrada em mulheres de alto risco que recebem tratamentos hormonais, como o tamoxifeno.

“Para mulheres sem uma história familiar”, diz ela ao WebMD, “pode ser que suas taxas de câncer de mama sejam tão baixas que nós não iríamos detectar uma diferença ou talvez possa não haver uma associação protetora”.

O efeito protetor começou com três meses de aleitamento, declarou ao WebMD. Mas, segundo ela, são três meses no total, não apenas para uma mesma criança. Então, uma mãe pode ter amamentado duas crianças por um mês e meio cada e ter sido beneficiada, por exemplo.

Segunda opinião

“É uma enorme redução no risco”, declara Amanda Phipps, uma associada pré-doutoranda em pesquisa do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, de quase 60%, em mulheres que amamentaram no seio e que têm história familiar positiva para câncer de mama.

“Acho isso muito interessante”, diz Phipps, que já pesquisou esta associação, também. “Mas penso que, por ser um achado relativamente inédito, deve ainda ser replicado na literatura”.

Em um estudo publicado na revista Cancer, no ano passado, Phipps e seus colaboradores descobriram que determinados tipos de cânceres de mama podem ser mais raros entre mulheres que amamentaram seus bebês por, pelo menos, seis meses.

A biologia para explicar esta ligação ainda não está clara, diz Phipps.

Ainda assim, ela se refere a esta associação como “excitante”, uma vez que o aleitamento materno é uma ação que as mulheres podem tomar para reduzir o risco de câncer de mama, enquanto muito outros fatores de risco, tais como ter uma história familiar, não são modificáveis.


Autor: Kathleen Doheny
Fonte: MedCenter MeScape

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