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Campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite acontece em 112 postos da capital
 
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10/11/2014

Campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite acontece em 112 postos da capital

Governo quer atingir cerca de 600 mil crianças apenas no Rio Grande do Sul

Há pelo menos 25 anos nenhum brasileiro é atingido pelo vírus da poliomielite. Os casos de sarampo trazidos de fora para cá também têm se mantido sob controle. Para manter as doenças longe do solo brasileiro, o Ministério da Saúde inicia neste sábado a 35ª edição da Campanha Nacional de Vacinação. Até o dia 28 de novembro, o governo pretende vacinar mais de 11 milhões de crianças, 600 mil delas no Rio Grande do Sul.

Em Porto Alegre, o sábado será de passe livre nos ônibus e a meta da Secretaria Municipal de Saúde é imunizar cerca de 75 mil crianças. Todas as 112 unidades de saúde estão aptas a aplicar as doses. Também será feita a vacinação da 2ª dose do HPV para meninas de 11 a 13 anos. Não haverá postos volantes pela cidade. A vacinação acontecerá apenas nas unidades de saúde.

O Dia D este ano serão, na verdade, dois dias: 8 e 22 de novembro. Em função da Copa do Mundo, o governo empurrou para mais tarde a campanha do sarampo (que geralmente ocorre no início do ano) e antecipou a da pólio de 2015, fazendo duas mobilizações em uma só. Nestes dois sábados, os postos de saúde estarão abertos para que pais ou responsáveis levem as crianças para receber a imunização. Aquelas que estiverem com o esquema vacinal da pólio e do sarampo em dia também podem receber vacinas. A recomendação é que se leve o cartão de vacinação para avaliação das doses de rotina.

Coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, Tani Ranieri explica que é importante vacinar as crianças de até cinco anos por que a situação do pólio e sarampo no mundo ainda requer cuidados. Segundo ela, criar uma imunidade comunitária ou de rebanho (termo usado quando toda uma população-alvo está imunizada) ajuda a prevenir possíveis ameaças caso um estrangeiro chegue ao país com a doença:

— Há algum tempo, só tínhamos três países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão), mas no ano passado tivemos alguns reincidentes no Oriente Médio. Também países como a Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria, Etiópia e Quênia voltaram a ter situações de surto. Por isso é importante a manutenção, para resgatar possíveis falhas de cobertura.

Poliomielite

— Também chamada de paralisia infantil, a pólio é uma doença infectocontagiosa de origem viral

— Sua transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, através de gotículas ao falar, tossir ou espirrar

— Embora aproximadamente 90% das infecções por pólio não causem sintomas (são assintomáticas), os indivíduos afetados podem exibir uma variedade de sintomas se o vírus atingir a corrente sanguínea

— Quando o vírus alcança o sistema nervoso central, infectando e destruindo neurônios motores, leva à fraqueza muscular e à paralisia

— Na maioria dos casos, a criança, quando infectada, não morre, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso e provocam paralisia irreversível

— Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, fazendo tratamento de suporte

— A vacina, em gotas, é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação

— Deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade

Sarampo

— O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância

— Causa febre alta, acima de 38,5°C, exantema (erupções cutâneas), tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas na mucosa bucal. A transmissão acontece de pessoa pra pessoa por meio de secreções

— Quando entra no organismo o vírus replica-se e gera a vasculite generalizada (inflamação dos vasos sanguíneos), causando o aparecimento dos sintomas. Também provoca perda de eritrócitos no sangue e de proteínas, gerando as complicações

— A ocorrência de febre por mais de três dias pode indicar infecções respiratórias, otites ou doenças neurológicas.

— A vacina é a única forma de prevenção e é aplicada em postos de saúde gratuitamente, a partir de um ano de vida

— A vacina subcutânea disponível é a chamada tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola)

— As contraindicações são gravidez, imunodepressão por doença ou tratamento, doenças febris agudas, alergia importante ao ovo de galinha

Calendário

A vacinação contra a pólio prevê as três doses no primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses), com o complemento de dois reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. Já a proteção contra o sarampo dá-se através da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), aos 12 meses, seguida da tetra viral aos 15 meses, que além das outras três doenças também previne a varicela (conhecida como catapora).

Em 2014

— O Brasil registra 35 anos de campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite e 25 anos sem a doença no país

— As campanhas contra o sarampo completam 22 anos

— Faz 10 anos que o país recebeu o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem

— Os países endêmicos registraram 228 casos da doença: Afeganistão (12 casos), Nigéria (6 casos) e Paquistão (210 casos)

— Dez países registraram casos da doença, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), computados desde 2013

— Foram notificados 154.637 casos de sarampo em 175 países

Últimas epidemias

No Brasil, os últimos casos de Sarampo ocorreram no ano 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados (trazidos de outros países). Em 2013 e 2014, foram registrados 596 casos da doença no país, com maior concentração nos Estados de Pernambuco (224) e Ceará (365). No Rio Grande do Sul, os últimos casos foram em 2010 e 2011, com 8 e 7 casos respectivamente. A pólio teve seu último registro no Estado em 1983, em Rio Grande. No Brasil, foi em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba.

Fontes: Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde do RS

Campanha Nacional de Vacinação contra sarampo e paralisia infantil

Quando: de 8 a 28 de novembro (8 e 22 de novembro são os dias de mobilização nacional). As campanhas começam amanhã, data de mobilização onde os mais de 1,5 mil postos de vacinação do Estado estarão abertos, além de outros locais extras definidos pelos municípios

Onde: postos do Sistema Único de Saúde

Público-alvo: crianças menores de cinco anos. A campanha da pólio é voltada para as maiores de seis meses e a do sarampo para as maiores de um ano de idade.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Fabio Paranhos

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