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Campanha pela doação de medula óssea começa com 100 cadastrados
 
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09/12/2014

Campanha pela doação de medula óssea começa com 100 cadastrados

Porto Alegre terá 14 dias de divulgação dos procedimentos para doações

Na abertura oficial da 1ª Semana Municipal de Doação de Medula Óssea – Lei Matheus, um número foi mais do que comemorado: em quatro horas, 100 pessoas se cadastraram como doadores na unidade móvel do Hemocentro que passou pelo Parque Farroupilha no primeiro fim de semana da campanha. O objetivo é justamente esse, sensibilizar as pessoas para a importância do cadastro e de salvar vidas. A solenidade foi no Salão Nobre do Paço Municipal.

A primeira edição do evento foi aberta oficialmente pelo prefeito José Fortunati, e acontece de 7 a 14 de dezembro na Capital, com ações de mobilização e coleta de sangue. Fortunati destacou a importância da conscientização na luta contra a leucemia. “Ao conhecer e entender a doença e as chances de cura, as pessoas se tornam mais dispostas a ajudar. E precisamos desses doadores. Sem eles, não existem políticas públicas, pesquisas e tratamentos que possam vencer sozinhos a leucemia”, afirmou.

A vereadora Jussara Cony, autora da Lei Matheus, em homenagem ao neto que morreu com leucemia, ressaltou o pioneirismo de Porto Alegre ao instituir a Semana Municipal. “É a primeira capital a ter esse evento e temos que garantir que nunca vai terminar. Temos que nos tornar um marco, um modelo. Temos que deixar esse legado”, disse. Depois, falou sobre a soma de esforços entre as secretarias e entidades envolvidas para fazer com que o evento fosse possível. A semana municipal é uma realização da Prefeitura de Porto Alegre, por intermédio das secretarias municipais de Saúde e de Governança Local, e da Câmara Municipal, com o apoio do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul, da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde e do Grupo Hospitalar Conceição.

Também participaram do ato o secretário municipal de Governança Local em exercício, Carlos Siegle de Souza, o adjunto da Saúde, Diego Nunes, a coordenadora de Captação de Medula Óssea do Hemocentro do RS, Maria de Lourdes Peck, e o deputado federal Beto Albuquerque, autor da Lei Pietro, que institui a data em âmbito nacional. Com conhecimento de causa, o parlamentar falou sobre o drama dos pacientes e familiares na luta contra a leucemia. “O Brasil já avançou muito. Mas com informação podemos avançar mais. Eu lutei três meses contra a doença do meu filho e passava pelas pessoas nas ruas pensando que todas poderiam ser doadoras. E isso te deixa impotente, não é suficiente, as pessoas devem se cadastrar”, concluiu.

Legislação municipal - A Lei Matheus, que institui a semana municipal, foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito José Fortunati. A iniciativa foi inspirada na Lei Pietro, de âmbito nacional, de autoria do deputado federal Beto Albuquerque, em homenagem ao filho falecido em decorrência da leucemia. Em Porto Alegre, a lei foi proposta pela vereadora Jussara Cony, que também teve o neto Matheus vitimado pela doença.

Conforme o secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, o transplante de medula óssea é a melhor chance de sobrevivência para vítimas de leucemia e outras doenças graves. "O sucesso depende da compatibilidade sanguínea entre doador e paciente. Por isso, a importância da formação de grandes cadastros de doadores, o que aumenta as chances de se encontrar um doador compatível", defende Casartelli.

Mobilização municipal - A Semana Municipal de Doação de Medula Óssea antecede a semana nacional, realizada na sequência, até 21 de dezembro. Além de sensibilizar a população em geral, os eventos buscam disseminar entre os municípios brasileiros a importância de definir ações para estimular a doação e a criação de mais hemocentros capazes de receber, estocar amostras e compartilhar os dados com as redes nacionais e internacionais.

Com a semana local e a nacional em sequência, Porto Alegre terá 14 dias de atuação conjunta entre órgãos municipais, estaduais e federais para divulgar também o procedimento da doação, que se inicia com a extração de apenas 5 ml de sangue e o preenchimento de um formulário com informações do doador. A programação inclui atos no Hospital Conceição na terça-feira, 9, às 13h30, e na Esquina Democrática, na quarta-feira, 10. No dia 17, durante a semana nacional, a unidade móvel do Hemocentro estará das 9h às 13h na Câmara Municipal.

Números - O Rio Grande do Sul tem nove hemocentros capacitados para manter estoques de medula óssea. Esta rede é coordenada pelo Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, contando com o reforço do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Hospital Conceição. Cada hemocentro tem uma cota anual de captação de amostras de medula óssea. O Hemocentro da Capital tem uma cota de 5,3 mil amostras.

De acordo com Maria de Lourdes Peck, coordenadora de Captação de Medula Óssea do Hemocentro do RS, o efeito das campanhas de conscientização pode ser aferido pelo número de doadores compatíveis em 2013, com 53 amostras. “É um índice muito bom, levando-se em consideração que o parâmetro é de um doador compatível para cada 100 mil amostras”, salienta. Os estoques integram uma rede nacional e internacional de hemocentros, que compartilha informações para a busca mais rápida possível. O Brasil tem cerca de quatro milhões de pessoas cadastradas, sendo o país com terceiro maior cadastro de doadores, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha.

Informações sobre a doação

- São organizados registros de doadores de medula óssea - cadastro de pessoas dispostas a doar.
- A pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos incompletos e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).
- Uma vez no cadastro, a pessoa poderá ser chamada, se identificada como compatível com algum paciente, até os 60 anos.
- O interessado deve ir aos locais listados para coletar 5ml de sangue e preencher um formulário com informações pessoais.
- O sangue passará por exame de compatibilidade (Histocompatibilidade - HLA), que identifica as características genéticas que podem influenciar no transplante. O tipo de HLA será incluído no banco de dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea - (Redome).
- Quando houver necessidade de um transplante, o Redome será consultado pelo Inca, e, se for localizado um doador compatível, a pessoa será chamada para decidir sobre a doação da medula.

Local de doação em Porto Alegre

Hemocentro do Estado (Hemorgs)
Av. Bento Gonaçalves, 3722 - Partenon
Telefones: 51 - 3336.6755 e 3336.2843 


Autor: Melina Fernandes
Fonte: PMPA
Autor da Foto: Cristine Rochol

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