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Direção do Hospital Presidente Vargas coloca cargos à disposição
 
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16/12/2014

Direção do Hospital Presidente Vargas coloca cargos à disposição

Instituição enfrenta falta de pessoal e passa por progressiva redução de leitos

Referência no atendimento materno infantil, o Hospital Presidente Vargas, em Porto Alegre, enfrenta nova crise. A direção da instituição colocou os cargos à disposição da Secretaria Municipal de Saúde. O comunicado foi feito na quinta-feira passada ao secretário Carlos Henrique Casartelli.

A diretora-geral, Maria Isabel de Bittencourt, a diretora técnica, Ângela Smaniotto, e o diretor-administrativo, Celso José Barboza, todos funcionários de carreira, aguardam a indicação dos substitutos para se desligarem efetivamente das funções.

A diretora-geral evita relacionar a decisão a problemas estruturais enfrentados pelo hospital, mas admite um "desgaste" da atual direção. Em agosto, a emergência pediátrica foi fechada para atendimento externo e houve redução de vagas na unidade de tratamento intensivo (UTI).

— A gente se desgasta porque tem de ter muito jogo de cintura. Desde o início, enfrentamos dificuldades. Já começamos com a demissão de quase 300 funcionários (em 2011). Sempre tivemos o apoio do secretário (Casartelli), mas achamos que é o momento de dar espaço para que alguém possa fazer mais pelo hospital — afirma Maria Isabel.

As demissões de 2011 foram determinadas pela Justiça, por considerar irregular o convênio com a Fugast, que mantinha funcionários em órgãos de saúde pública. Houve fechamento de setores por falta de pessoal.

Em agosto passado, o Hospital Presidente Vargas passou por uma redução gradual dos 38 leitos de internação pediátrica e seis de UTI. No mês seguinte, a emergência pediátrica ficou com quatro leitos para UTI e 15 de internação, e foi fechada para atendimento externo. O serviço foi retomado em novembro, com a nomeação de seis novos técnicos em enfermagem.

Sindicato aponta para desativação gradual

Desde 2000, a instituição é administrada pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, oferecendo 100% do atendimento pelo SUS. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) vem alertando para a redução progressiva de leitos no Presidente Vargas. Dados extraídos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do DataSUS mostram que o número de leitos disponíveis em dezembro caiu quase pela metade em relação a março deste ano na maioria das modalidades.

— O Hospital Presidente Vargas vem sendo fechado aos poucos, mas é só um exemplo. Parece que há um processo de desmonte da saúde em Porto Alegre, pois médicos se aposentam e não são substituídos, há técnicos concursados que não são chamados — aponta o presidente do Simers, Paulo Argolo Mendes.

Argolo afirma que o sindicato médico ainda não definiu que posicionamento irá tomar com relação à troca de direção do hospital, pois não está claro se trata-se de um ato de protesto contra a desestruturação ou de um rearranjo político.

ZH procurou o secretário Casartelli. Por meio da assessoria de imprensa, ele informou que não iria se manifestar porque ainda está analisando a situação.


Autor: Taís Seibt
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Prefeitura de Porto Alegre

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