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Iniciativas de instituições privadas são referência no estímulo ao parto normal
 
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20/01/2015

Iniciativas de instituições privadas são referência no estímulo ao parto normal

Entidades que atuam na área de saúde complementar tem obtido redução nos índices de partos

Na busca por incentivar o parto normal em detrimento das cesáreas, entidades que atuam na área de saúde complementar, como hospitais e planos de saúde, têm mudado procedimentos e obtido redução nos índices de partos cirúrgicos.

Em Jaboticabal, por exemplo, a Unimed conseguiu reduzir de 99%, em 2011, para 50%, 2014, o número de cesarianas em uma de suas unidades hospitalares. Lá, uma das principais mudanças no atendimento às gestantes foi o fim do pré-agendamento das cesáreas. As mães passaram a ter que chegar ao hospital com 40 semanas de gestação ou já em trabalho de parto sem ter mais a possibilidade de antecipar o nascimento dos bebês — o que diminuiu o número de internações neonatais em 60% e a mortalidade — que já era baixa.

O médico Paulo Borém, representante do Comitê de Atenção Integral à Saúde da Unimed do Brasil, disse que é impressionante a queda [de internação] em UTI, confirmando que os recém-nascidos estavam sofrendo com o excesso de cesáreas.

A experiência foi implantada também em outros hospitais da Unimed no interior paulista, em Belo Horizonte e chegará a Vitória em março.

Além disso, para conquistar a confiança das mães, as últimas consultas do pré-natal ocorrem no hospital e não mais no consultório.

— Elas vão conhecer as equipes de saúde, em dias diferentes às consultas, depois da 36ª semana e aguardar a 40ª semana ou o trabalho de parto para ter o neném, porque acontecia de o bebê nascer antes de 'estar maduro'.

A Unimed também contratou mais enfermeiras obstetras e doulas.

— As enfermeiras assumiram um papel fundamental nas equipes e isso mudou totalmente o resultado. A enfermagem [permite] uma formação para cuidar das pessoas, sem intervenção. Elas [enfermeiras] estão lá para acompanhar a evolução do parto, já o médico vem de uma cultura de intervenção.

Na opinião do presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Etelvino Trindade, a participação de mais enfermeiras obstetras nas equipes de parto ajuda de fato a reduzir o número de cesáreas. A entidade destaca também a importância de mudanças na formação dos médicos, para que o parto normal humanizado – com o mínimo de intervenções possível — seja realidade:

— O estudante só vê cesariana. Então, chega na hora, ele acaba preferindo.

Outra mudança foi remunerar os médicos pelo critério de plantões e não mais por partos.

— Essa situação evita que os médicos fiquem aguardando a paciente por horas, como acontece no parto normal, para ganhar por um único procedimento. Os médicos devem recomendar a cesáreas por critérios técnicos.

De acordo com o coordenador da iniciativa, todo o projeto de humanização do parto nas unidades é fundamentado em qualidade e segurança.

— Fazemos o parto como o SUS [Sistema Único da Saúde] preconiza, porque, historicamente, o parto normal pode ser traumático. Atualmente, o índice de cesarianas na rede privada é 84%, enquanto na rede pública, 40%.

O novo modelo de assistência ao parto em unidades da Unimed foi citado como referência no encontro Ecos da 9º Conferência — Normal é Natural: da Pesquisa à Ação, realizado com especialistas de todo o mundo, em 2014, no Rio de Janeiro, e consta na pesquisa Nascer no Brasil , da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), feita em 266 hospitais.

Com o objetivo de reduzir o número de cesarianas, o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, também vai rever os procedimentos no atendimento a gestantes. A partir de fevereiro, a entidade põe em prática acordo de cooperação inédito com a ANS (Agência Nacional de Saúde) para servir de referência à rede privada.

As ações incluem atendimento 24 horas por médicos e enfermeiras obstetras, o uso de recursos para alívio da dor no parto, educação continuada da equipe e estímulo à presença do acompanhante, baseadas em recomendações do IHI (Institute for Healthcare Improvement) — organização americana que atua para melhorar a segurança e a qualidade no cuidado aos pacientes.

Segundo a gerente de ANS (Assistência à Saúde da Agência Nacional de Saúde), Karla Coelho, as experiências do Albert Einstein e de unidades da Unimed avançam na redução das cesarianas desnecessárias e são referência.

— Precisamos disponibilizar informações à mulher sobre parto normal, de parceria com as entidades médicas que estão se aproximando para apoiar iniciativa da ANS — junto com as universidades, que fazem as pesquisas e, por fim, da mudança nas maternidades. 


Autor: Redação
Fonte: R7
Autor da Foto: Reprodução Google

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