As mulheres que fazem parte do Programa de Planejamento Familiar do SUS já podem contar com um novo procedimento no Hospital Maternidade Interlagos, referência em gestação de alto risco e planejamento familiar no sistema público de saúde. O hospital possibilita gratuitamente às interessadas um novo método de contracepção feminina definitiva, o Essure. Este método permite a laqueadura tubária por acesso minimamente invasivo, por meio de histeroscopia.
As mulheres aptas e interessadas neste método assistem a uma aula explicativa em que os métodos disponíveis são apresentados e amplamente informados, com linguagem simples, com objetivo de ajudar as mulheres e casais na tomada de decisão.
Em sua maioria, são mulheres que não desejando mais filhos ou possuem alguma condição de risco para futura gravidez (cardiopatias, diabetes e outras patologias). “Já que a inserção do microimplante tubário que fará a obliteração definitiva da tuba ocorre por histeroscopia, esta opção prescinde de cortes cirúrgicos e anestesias”, afirma a Dra. Rita de Cassia S. Calabresi, diretora técnica de saúde do Hospital Maternidade Interlagos.
Por se tratar de aplicação relativamente nova no Brasil, porém amplamente utilizado por mulheres nos Estados Unidos e Europa, o Essure é apresentado com o apoio de vídeos, imagens explicativas e com disponibilização dos microimplantes para conhecimento dos participantes.
Interessante notar que grande parte das mulheres mostra-se interessada pelo método, além de alguns homens, que aguardam no ambulatório para serem contemplados com a vasectomia. Eles solicitam os panfletos informativos para compartilhar o conhecimento com as companheiras.
“Com eficácia de 99,8%, esta laqueadura minimamente invasiva é um procedimento rápido e ambulatorial. Por não ter qualquer tipo de corte, não necessita de internação, dispensa a anestesia por não causar grande estímulo doloroso. O tempo de colocação é estimado em cinco minutos, possibilitando livre mobilidade da paciente aproximadamente 30 minutos após a inserção. Não compromete atividades pessoais ou profissionais da paciente após o procedimento, sendo desnecessário afastamento ou licenças”, ressalta a Dra. Rita.
Essure é um microimplante de apenas quatro centímetros de comprimento, introduzido pelo canal vaginal com um aparelho muito fino, o histeroscópio, até o interior da tuba uterina, ligada ao útero. Um dispositivo é colocado em cada tuba e ocorre uma ação mecânica, que provoca uma resposta natural do corpo, no tecido da tuba uterina, promovendo seu fechamento em um período médio de três meses.
“Nesse intervalo, a paciente é orientada a continuar a usar outra forma de contracepção. Após 90 dias, em média, uma ultrassonografia transvaginal é realizada para confirmar o posicionamento. Depois deste processo, não é mais necessário o uso de outro método contraceptivo”, informa a médica.
No Brasil, há registros de mais de 3.000 mulheres que colocaram Essure desde 2008 e 750 mil no mundo. Além de São Paulo, outros Estados já disponibilizam a técnica, como o Distrito Federal, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins.
Mais informações sobre o método em: www.commed.com.br.