Um novo tratamento para Alzheimer apresentou resultados promissores em pacientes ainda em estágio inicial da doença. Uma equipe de pesquisadores australianos criou uma tecnologia de ultra-som não-invasivo que poderia restaurar a memória dos pacientes. O estudo, que foi publicado no começo do mês na revista Science Translational Medicine, foi realizado em ratos.
De acordo com informações do Huffington Post, a terapia limparia as placas amilóides neurotóxicos do cérebro — estruturas responsáveis pela perda de memória e o declínio na função cognitiva em pacientes que sofrem de Alzheimer.
Segundo a pesquisa, os cientistas relataram que conseguiram restaurar completamente as memórias de 75% dos ratinhos que foram tratados com a terapia, sem danos para o tecido cerebral. Os animais tiveram melhor desempenho em três tarefas de memória: sair de um labirinto, reconhecer novos objetos e lembrar de lugares que devem evitar.
Um dos membros da equipe Jürgen Götz disse que está "extremamente animado com essa novidade no tratamento do Alzheimer, sem utilizar terapia medicamentosa".
— A palavra descoberta é muitas vezes mal utilizada, mas, neste caso, acho que essa novidade vai mudar a maneira de se pensar em tratar a doença.
Apesar do sucesso inicial, os pesquisadores alertam que a descoberta é preliminar, uma vez que só foi testada em camundongos.
O próximo passo será ensaios com modelos animais maiores, como ovelhas. Os cientistas esperam realizar os testes em humanos em 2017.
Nos Estados Unidos, segundo a associação de Alzheimer, há mais de cinco milhões de americanos com doença.