A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou como prioridade urgente a substituição das seringas normais para as seringas inteligentes, que possuem um sistema de bloqueio (no gate) que impede a sua reutilização. A medida, anunciada em março pela OMS, visa evitar a transmissão de doenças através destes materiais, e já é praticada pela Prefeitura de Porto Alegre.
A área de Compras e Serviços da Secretaria Municipal da Fazenda passou a licitar as seringas inteligentes no ano passado e, desde fevereiro, elas estão disponíveis para toda a rede municipal de saúde.
Desde 2010, a Fazenda, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, vem substituindo as seringas normais por modelos mais modernos, que atendessem a Norma Regulamentadora 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde (11/11/2005) – que estabelece que todas as instituições de saúde se adaptassem às novas normas de prevenção e cuidado no tratamento com as agulhas e no posterior descarte dos produtos.
Para a enfermeira do Hospital Materno Infantil do Presidente Vargas (HMIPV) e presidente da Comissão de Materiais de Compras Hospitalares, Barbara Macuco Matzenbacher, a modernização dos modelos foi um avanço para a saúde da Capital. “Melhorou o processo e diminuiu os riscos de transmissão de doenças. Com a trava a seringa não pode mais ser utilizada, diminuindo ainda o reuso pelos usuários de drogas”, explicou.
O decreto da OMS estipula o ano de 2020 como prazo máximo para que as instituições de saúde se adaptem ao uso das seringas inteligentes com o dispositivo no gate.